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ADMINISTRAÇÃO
Além das 465 vagas já aprovadas para as subprefeituras, projeto que cria outras 450 para escolões passa em 1ª votação
Cargos sem concurso podem subir para 915
PEDRO DIAS LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL
O número de cargos sem concurso público criados pela prefeita de São Paulo, Marta Suplicy
(PT), pode aumentar para 915.
Ontem, a Câmara Municipal
aprovou em primeira votação um
projeto que cria mais 450 cargos,
agora nos CEUs (Centros Educacionais Unificados, os "escolões"). Na semana passada, já tinham sido instituídos outros 465
postos para as subprefeituras.
Esses novos postos serão para
funcionários dos 45 CEUs que
Marta planeja inaugurar até o fim
de 2004. Até agora, foram abertos
17, e até janeiro outros quatro devem ficar prontos. Os salários variam de R$ 2.736 a R$ 3.574. Além
desses 450 cargos sem concurso, o
projeto -que vai a segunda votação- cria 135 postos para funcionários do quadro de servidores.
No total, são 13 cargos para cada
um dos CEUs, entre eles o de gestor, que atualmente é ocupado
por pessoas com salário de professor, que é bem menor.
O governo também incluiu no
projeto a criação de 770 cargos
nas Unidades Básicas de Saúde
(UBS) -todos para funcionários
concursados da prefeitura.
Quando o projeto dos cargos
nos CEUs chegou à Câmara Municipal, no mês passado, a secretária municipal da Educação, Cida
Perez, afirmou que haverá um aumento na quantidade de cursos e
uma melhoria nos serviços. Cada
escolão atende a 2.400 crianças e
possui piscinas, teatro, biblioteca
e computadores.
A oposição criticou o novo projeto da Prefeitura de São Paulo.
Na tribuna, o vereador Marcos
Zerbini (PSDB) afirmou que os
cargos serão preenchidos por cabos eleitorais. "Já tínhamos os
sem-teto e os sem-terra protegidos pelo PT, agora temos os sem-concurso, categoria em alta no
governo Marta", disse o vereador.
O líder do governo, vereador
João Antonio (PT), afirmou que
não haverá loteamento político.
"Não queremos fazer disso um
cabide de empregos, queremos
que os CEUs funcionem perfeitamente." Além disso, o petista disse que haverá preferência a funcionários concursados, que também podem ocupar esses cargos.
Coleta seletiva
Também foi aprovado ontem,
em segunda votação, projeto que
dá desconto de 25% na taxa do lixo a quem fizer coleta seletiva. É
preciso se cadastrar para obter a
redução, que não vale para quem
paga o mínimo (R$ 6,14). Hospitais que atendem pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e escolas que
reciclam também terão desconto.
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