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Jovem assume ter matado professor, diz polícia
De acordo com delegado, universitário disse que se sentia perseguido na faculdade
RODRIGO VIZEU
DE BELO HORIZONTE
O estudante de educação
física Amilton Loyola Caires,
23, confessou ontem ter matado com uma facada o professor Kássio Vinicius Castro
Gomes, 39, afirmou a Polícia
Civil de Minas Gerais.
O crime ocorreu na noite
de anteontem no Centro Universitário Metodista Izabela
Hendrix, em Belo Horizonte.
Segundo a polícia, que ouviu testemunhas e analisou
imagens de câmera de segurança, Caires tirou uma faca
da mochila no corredor da
escola e atingiu o professor
no peito. Ele morreu no local.
Caires fugiu e foi preso horas depois em sua casa.
Segundo o delegado Breno
Cezário, em depoimento, o
Caires disse que era perseguido. "Ele alega que esse ato de
fúria foi decorrência de um
atrito que ele já tinha com o
professor", disse o delegado.
A polícia diz que ouviu de
testemunhas que a motivação foi descontentamento
com uma avaliação feita pelo
professor.
O depoimento registra que
Caires disse que se arrepende
e que levou a faca só para "se
impor" ao professor.
O advogado Nelson Leão
se identificou como amigo da
família Caires e disse que o
estudante tem transtorno bipolar e esquizofrenia.
Ele afirmou que a defesa
será feita pelo advogado Bruno Baratz, que não foi encontrado ontem pela Folha.
A irmã do professor, Sandra, disse à TV Globo que, em
janeiro, seu pai também foi
assassinado a facadas por
um assaltante na Bahia.
"EPISÓDIO ISOLADO"
O centro universitário lamentou o fato, que chamou
de "episódio isolado (...) onde o ambiente sempre foi
marcado pela harmonia".
A instituição divulgou nota ontem assinada pelo reitor
Davi Barros e pelo diretor-geral Márcio de Moraes.
O texto diz que a vítima foi
atingida "pela faceta mais
sombria que oprime o ser humano e sua humanidade: o
ódio, a intolerância, o menosprezo da convivência pacífica, o desrespeito à vida,
ceifando de nosso convívio
um soldado da cidadania",
afirma a nota da instituição.
As atividades universitárias seguem normalmente.
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