São Paulo, quinta-feira, 09 de dezembro de 2010

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Jovem assume ter matado professor, diz polícia

De acordo com delegado, universitário disse que se sentia perseguido na faculdade

RODRIGO VIZEU
DE BELO HORIZONTE

O estudante de educação física Amilton Loyola Caires, 23, confessou ontem ter matado com uma facada o professor Kássio Vinicius Castro Gomes, 39, afirmou a Polícia Civil de Minas Gerais.
O crime ocorreu na noite de anteontem no Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, em Belo Horizonte.
Segundo a polícia, que ouviu testemunhas e analisou imagens de câmera de segurança, Caires tirou uma faca da mochila no corredor da escola e atingiu o professor no peito. Ele morreu no local.
Caires fugiu e foi preso horas depois em sua casa.
Segundo o delegado Breno Cezário, em depoimento, o Caires disse que era perseguido. "Ele alega que esse ato de fúria foi decorrência de um atrito que ele já tinha com o professor", disse o delegado.
A polícia diz que ouviu de testemunhas que a motivação foi descontentamento com uma avaliação feita pelo professor.
O depoimento registra que Caires disse que se arrepende e que levou a faca só para "se impor" ao professor.
O advogado Nelson Leão se identificou como amigo da família Caires e disse que o estudante tem transtorno bipolar e esquizofrenia.
Ele afirmou que a defesa será feita pelo advogado Bruno Baratz, que não foi encontrado ontem pela Folha.
A irmã do professor, Sandra, disse à TV Globo que, em janeiro, seu pai também foi assassinado a facadas por um assaltante na Bahia.

"EPISÓDIO ISOLADO"
O centro universitário lamentou o fato, que chamou de "episódio isolado (...) onde o ambiente sempre foi marcado pela harmonia".
A instituição divulgou nota ontem assinada pelo reitor Davi Barros e pelo diretor-geral Márcio de Moraes.
O texto diz que a vítima foi atingida "pela faceta mais sombria que oprime o ser humano e sua humanidade: o ódio, a intolerância, o menosprezo da convivência pacífica, o desrespeito à vida, ceifando de nosso convívio um soldado da cidadania", afirma a nota da instituição.
As atividades universitárias seguem normalmente.


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