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FEBEM
Novo presidente acelerará projeto
Secretário de Educação quer unidades menores
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário de Educação do Estado de São Paulo, Gabriel Chalita, cuja pasta agora é responsável
pela Febem, disse que vai buscar o
apoio das prefeituras da Grande
São Paulo para substituir o modelo de grandes unidades -com
mais de 200 internos- para investir em liberdade assistida e na
construção de unidades menores.
O governo de SP quer descentralizar as unidades -53 das 68
do Estado estão na região metropolitana da capital, sendo que 41
estão no município de SP-, levando-as para as regiões onde os
internos moram. Esse modelo fez
parte do projeto de Maria Luiza
Granado -que deixou ontem a
presidência da Febem- e será
acelerado pelo novo presidente,
Paulo Sérgio de Oliveira e Costa.
O secretário disse que a maioria
dos internos da Febem é de cidades como Guarulhos, São Paulo e
Osasco. Por isso, a Grande São
Paulo deverá receber mais unidades de menor porte.
"A desativação total do complexo de Franco da Rocha depende
desse diálogo [com as prefeituras"", disse Chalita.
As unidades 30 e 31 desse complexo foram alvo de denúncias de
tortura e maus-tratos, e a Justiça
determinou o fechamento da unidade 30 até 18 de março. Chalita
prometeu fechar as duas unidades até o meio do ano, mas disse
depender do apoio da Prefeitura
de São Paulo para construir unidades menores na cidade para receber parte dos internos.
Houve tumulto na tarde de ontem na unidade 31. Segundo o sindicato dos funcionários da Febem, teria sido um princípio de
rebelião. Mas, de acordo com a
Polícia Militar, teria ocorrido apenas uma "agitação" dos internos,
o que foi confirmado pela Febem.
De acordo com o órgão, um helicóptero de uma emissora de televisão teria sobrevoado a área e
provocado a movimentação.
O secretário interino de Habitação e Bem-Estar Social de Guarulhos, Paulo de Tarso Carvalhares,
disse ser favorável às unidades
menores, desde que sejam disponibilizados recursos para o atendimento aos jovens.
A Prefeitura de São Paulo foi
procurada pela reportagem da
Folha, mas não divulgou uma posição até a conclusão desta edição.
Costa disse que a prioridade será buscar parcerias com entidades
e empresas para a ampliação da liberdade assistida. A Febem atende mais de 18 mil jovens (12,8 mil
estão em liberdade assistida).
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