FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

A greve deflagrada ontem pelos funcionários da Santa Casa de Praia Grande, único hospital que presta atendimento público na cidade, ameaça produzir um colapso no sistema de saúde da Baixada Santista em plena temporada de verão, quando a população da região costuma duplicar.
Os cerca de 400 empregados do hospital, o único que presta atendimento público na cidade, decidiram voltar ao trabalho somente depois de receber os salários atrasados de novembro, dezembro e uma parcela do 13º.
Eles também reivindicam vale-transporte e cestas básicas, benefícios previstos no acordo coletivo de trabalho e que não são concedidos desde setembro, segundo o sindicato da categoria.
O diretor da DIR (Direção Regional da Saúde, órgão do governo estadual), José Ricardo Di Renzo, afirmou que, ontem, o esquema de emergência montado nos hospitais dos Estivadores, Santa Casa e Guilherme Álvaro, todos de Santos, suportou a demanda de pacientes provenientes de Praia Grande.
A paralisação representa 140 leitos de internação a menos no sistema de saúde da região. "O esquema é paliativo. Se a solução for protelada por muito tempo, o sistema não vai suportar", disse.
Di Renzo afirmou que o Estado não pretende socorrer o hospital com mais recursos. Em julho, em outra crise semelhante, o governo estadual destinou R$ 1 milhão à Santa Casa local.
A direção do hospital prometeu pagar hoje os salários de novembro, atendendo parte da reivindicação dos funcionários.


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