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CLIMA
Há risco iminente de tornados
RS tem 41,6C, recorde dos últimos 20 anos
DA AGÊNCIA FOLHA
DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
O Rio Grande do Sul registrou
no domingo 41,6C, em Igrejinha
(88 km de Porto Alegre), a maior
temperatura dos últimos 20 anos
no Estado. A temperatura ficou a
apenas 1C do recorde histórico:
42,6C em Jaguarão em 1943. A
última máxima (41,3C em Campo Bom) também fora em um dia
8 de janeiro, mas de 1986.
O forte calor que atinge o Sul do
país elevou as temperaturas a
mais de 40C e deixou as praias do
litoral lotadas. O clima seco, no
entanto, preocupa os produtores,
cuja safra segue comprometida.
Segundo Eugênio Hackbart, da
Rede de Climatologia Urbana de
São Leopoldo, a massa de ar que
cobre os Estados tem as mesmas
características das que propiciam
a formação de tornados. Há risco,
portanto, iminente da ocorrência
do fenômeno.
Em Santa Catarina, a máxima
foi de 37,8C, em Itapiranga (727
km de Florianópolis). Mas em todas as regiões, ela esteve na faixa
ou acima dos 30C -até mesmo
em São Joaquim, que é considerada a cidade mais fria do país.
Durante a semana, o calor segue
intenso. E, apesar das pancadas
de chuva à tarde, há a preocupação por parte dos produtores de
grãos dos dois Estados. Santa Catarina tem 30 cidades em situação
de emergência por conta da seca.
Climatologistas afirmam que as
chuvas são localizadas e não ajudam contra a estiagem.
No país
A previsão para amanhã é que o
dia também fique ensolarado na
faixa litorânea que vai de Santa
Catarina, passa por São Paulo, pelo Rio de Janeiro, pelo sul do Espírito Santo e vai até grande parte
do Nordeste, segundo o Cptec
(Centro de Previsão do Tempo e
de Estudos Climáticos).
Em São Paulo, a meteorologia
prevê temperaturas elevadas e
pancadas de chuva somente no final da tarde.
Enquanto o calor promete deixar cheias as praias do Rio, as gigogas devem estragar os planos
dos banhistas na zona sul carioca.
As plantas invadiram as praias
em razão da falta de tratamento
do esgoto das lagoas da Barra. A
Comlurb chegou a recolher cerca
de 30 toneladas de gigogas em
Ipanema, Leblon e São Conrado
na semana passada. As plantas
apodrecem à beira mar e trazem
cheiro ruim. Elas aparecem com o
acúmulo de matéria orgânica nas
lagoas, e, quando a maré sobe, são
arrastadas para as praias.
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