São Paulo, terça-feira, 10 de janeiro de 2006

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CLIMA

Há risco iminente de tornados

RS tem 41,6C, recorde dos últimos 20 anos

DA AGÊNCIA FOLHA
DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO


O Rio Grande do Sul registrou no domingo 41,6C, em Igrejinha (88 km de Porto Alegre), a maior temperatura dos últimos 20 anos no Estado. A temperatura ficou a apenas 1C do recorde histórico: 42,6C em Jaguarão em 1943. A última máxima (41,3C em Campo Bom) também fora em um dia 8 de janeiro, mas de 1986.
O forte calor que atinge o Sul do país elevou as temperaturas a mais de 40C e deixou as praias do litoral lotadas. O clima seco, no entanto, preocupa os produtores, cuja safra segue comprometida.
Segundo Eugênio Hackbart, da Rede de Climatologia Urbana de São Leopoldo, a massa de ar que cobre os Estados tem as mesmas características das que propiciam a formação de tornados. Há risco, portanto, iminente da ocorrência do fenômeno.
Em Santa Catarina, a máxima foi de 37,8C, em Itapiranga (727 km de Florianópolis). Mas em todas as regiões, ela esteve na faixa ou acima dos 30C -até mesmo em São Joaquim, que é considerada a cidade mais fria do país.
Durante a semana, o calor segue intenso. E, apesar das pancadas de chuva à tarde, há a preocupação por parte dos produtores de grãos dos dois Estados. Santa Catarina tem 30 cidades em situação de emergência por conta da seca. Climatologistas afirmam que as chuvas são localizadas e não ajudam contra a estiagem.

No país
A previsão para amanhã é que o dia também fique ensolarado na faixa litorânea que vai de Santa Catarina, passa por São Paulo, pelo Rio de Janeiro, pelo sul do Espírito Santo e vai até grande parte do Nordeste, segundo o Cptec (Centro de Previsão do Tempo e de Estudos Climáticos).
Em São Paulo, a meteorologia prevê temperaturas elevadas e pancadas de chuva somente no final da tarde.
Enquanto o calor promete deixar cheias as praias do Rio, as gigogas devem estragar os planos dos banhistas na zona sul carioca. As plantas invadiram as praias em razão da falta de tratamento do esgoto das lagoas da Barra. A Comlurb chegou a recolher cerca de 30 toneladas de gigogas em Ipanema, Leblon e São Conrado na semana passada. As plantas apodrecem à beira mar e trazem cheiro ruim. Elas aparecem com o acúmulo de matéria orgânica nas lagoas, e, quando a maré sobe, são arrastadas para as praias.


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