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Funcionários afirmam que o alarme de incêndio do prédio não disparou com fogo
DA REPORTAGEM LOCAL
Funcionários do Juizado Especial Federal de São Paulo dizem que o alarme de incêndio
do prédio não soou quando o
fogo começou no 11º andar.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a sinalização sonora é tão
obrigatória em um prédio público quanto as saídas de emergências, rotas de fuga desobstruídas e sinalização visual.
"Não ouvi nenhum alarme.
Estava no 13º andar, onde funciona a copa, e de repente, por
baixo da pia, vi a fumaça subindo pela fiação. Foi um desespero. Deixei tudo lá dentro, documentos, bolsa, dinheiro. Desci
só com o avental", contou, com
voz trêmula e chorando, a copeira Helena Gonçalves dos
Santos, 43, que estava na cozinha quando o fogo começou.
Ela e suas colegas de trabalho
foram as primeiras a perceber
que o prédio estava pegando fogo e avisaram os seguranças.
"Eu também não ouvi nenhum alarme. Só percebi que o
prédio estava pegando fogo
quando a cozinha começou a se
encher de fumaça", disse a copeira Luci Maria Jacinto, 42.
A assessoria de imprensa do
Juizado afirmou que o prédio
cumpria as normas de segurança, mas não soube dizer se o
alarme funcionou. Disse também que os funcionários foram
retirados por uma equipe de seguranças treinados para situações como essas. A perícia técnica da Polícia Federal fez a
avaliação do local na tarde de
ontem, mas não divulgou as
possíveis causas do incêndio
nem se o prédio respeitava as
normas de segurança.
Quem tinha audiência ontem
também sofreu. O operador
Reinaldo Andrade, 34, trabalha
e mora em Embu-Guaçu e faltou no trabalho para vir a uma
audiência. "Preciso pegar um
atestado, senão me descontam
no trabalho", disse. Ele perdeu
o dia após pegar quatro conduções até a Paulista.
(MT)
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