São Paulo, quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

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Funcionários afirmam que o alarme de incêndio do prédio não disparou com fogo

DA REPORTAGEM LOCAL

Funcionários do Juizado Especial Federal de São Paulo dizem que o alarme de incêndio do prédio não soou quando o fogo começou no 11º andar.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a sinalização sonora é tão obrigatória em um prédio público quanto as saídas de emergências, rotas de fuga desobstruídas e sinalização visual.
"Não ouvi nenhum alarme. Estava no 13º andar, onde funciona a copa, e de repente, por baixo da pia, vi a fumaça subindo pela fiação. Foi um desespero. Deixei tudo lá dentro, documentos, bolsa, dinheiro. Desci só com o avental", contou, com voz trêmula e chorando, a copeira Helena Gonçalves dos Santos, 43, que estava na cozinha quando o fogo começou.
Ela e suas colegas de trabalho foram as primeiras a perceber que o prédio estava pegando fogo e avisaram os seguranças.
"Eu também não ouvi nenhum alarme. Só percebi que o prédio estava pegando fogo quando a cozinha começou a se encher de fumaça", disse a copeira Luci Maria Jacinto, 42.
A assessoria de imprensa do Juizado afirmou que o prédio cumpria as normas de segurança, mas não soube dizer se o alarme funcionou. Disse também que os funcionários foram retirados por uma equipe de seguranças treinados para situações como essas. A perícia técnica da Polícia Federal fez a avaliação do local na tarde de ontem, mas não divulgou as possíveis causas do incêndio nem se o prédio respeitava as normas de segurança.
Quem tinha audiência ontem também sofreu. O operador Reinaldo Andrade, 34, trabalha e mora em Embu-Guaçu e faltou no trabalho para vir a uma audiência. "Preciso pegar um atestado, senão me descontam no trabalho", disse. Ele perdeu o dia após pegar quatro conduções até a Paulista. (MT)


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