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Jornalista é presa por suposto laço com o tráfico
Segundo a polícia do PR, ela discutia crimes
JEAN-PHILIP STRUCK
DE CURITIBA
Uma repórter de um canal
de televisão de Campo Mourão (512 km de Curitiba), no
Paraná, foi presa na semana
passada sob suspeita de envolvimento com uma quadrilha de traficantes de drogas.
Segundo a polícia, ela discutia com os membros da
quadrilha crimes que iam ser
cometidos pelo grupo, inclusive uma suposta tentativa
de homicídio, para elaborar
suas reportagens.
Maritania Forlin, 28, foi
presa em uma operação da
Polícia Civil com outras 15
pessoas suspeitas de integrar
a quadrilha. Entre os presos,
há um homem suspeito de se
passar por advogado.
A jornalista já trabalhou
em um programa de variedades independente transmitido pela RIC (Rede Independência de Comunicação), afiliada da Rede Record no PR.
O delegado José Aparecido
Jacovós afirma que Forlin
mantinha um relacionamento com o suspeito de ser o
chefe da quadrilha, Gilmar
Tenório Cavalcanti, 35, que
também foi preso.
Em um dos áudios divulgados, uma mulher, que a
polícia afirma ser a jornalista, pergunta por telefone para um dos membros da quadrilha se ele pretende cometer um homicídio. "Faz dias
que não dá homicídio. A cidade está muito parada."
No outro lado da linha,
uma voz -o chefe da quadrilha, de acordo com a polícia- diz que "vai ter um homicidinho para vocês". "Não
vai demorar".
O advogado de Forlin, Anderson Carraro Hernandes,
afirma que sua cliente não
está envolvida com tráfico de
drogas e não tem um relacionamento com o suspeito de
ser o chefe da quadrilha.
Segundo Hernandes, a jornalista entrou em contato
com criminosos no período
em que atuou como repórter
policial para usá-los como informantes para reportagens
exibidas na televisão.
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