São Paulo, segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Jornalista é presa por suposto laço com o tráfico

Segundo a polícia do PR, ela discutia crimes

JEAN-PHILIP STRUCK
DE CURITIBA

Uma repórter de um canal de televisão de Campo Mourão (512 km de Curitiba), no Paraná, foi presa na semana passada sob suspeita de envolvimento com uma quadrilha de traficantes de drogas.
Segundo a polícia, ela discutia com os membros da quadrilha crimes que iam ser cometidos pelo grupo, inclusive uma suposta tentativa de homicídio, para elaborar suas reportagens.
Maritania Forlin, 28, foi presa em uma operação da Polícia Civil com outras 15 pessoas suspeitas de integrar a quadrilha. Entre os presos, há um homem suspeito de se passar por advogado.
A jornalista já trabalhou em um programa de variedades independente transmitido pela RIC (Rede Independência de Comunicação), afiliada da Rede Record no PR.
O delegado José Aparecido Jacovós afirma que Forlin mantinha um relacionamento com o suspeito de ser o chefe da quadrilha, Gilmar Tenório Cavalcanti, 35, que também foi preso.
Em um dos áudios divulgados, uma mulher, que a polícia afirma ser a jornalista, pergunta por telefone para um dos membros da quadrilha se ele pretende cometer um homicídio. "Faz dias que não dá homicídio. A cidade está muito parada."
No outro lado da linha, uma voz -o chefe da quadrilha, de acordo com a polícia- diz que "vai ter um homicidinho para vocês". "Não vai demorar".
O advogado de Forlin, Anderson Carraro Hernandes, afirma que sua cliente não está envolvida com tráfico de drogas e não tem um relacionamento com o suspeito de ser o chefe da quadrilha.
Segundo Hernandes, a jornalista entrou em contato com criminosos no período em que atuou como repórter policial para usá-los como informantes para reportagens exibidas na televisão.


Texto Anterior: Turista morre em acidente em Fernando de Noronha
Próximo Texto: Frases
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.