ALENCAR IZIDORO
da Reportagem Local

Um tiroteio em frente a uma choperia de Santo André (Grande SP) deixou uma pessoa morta e quatro feridas na madrugada de ontem. A polícia acredita que tenha havido uma briga entre integrantes de uma quadrilha.
A choperia Chaplin, no bairro de Jaçatuba, é frequentada por artistas do SBT e jogadores de futebol, como Dinei, do Corinthians. Nas noites de terça-feira, há shows com grupos de pagode.
Por volta das 2h30, houve uma discussão dentro da choperia. Alguns homens foram expulsos pelos seguranças e prometeram voltar para matar Reginaldo Ferreira dos Santos, 26, montador de móveis desempregado.
A troca de tiros começou uma hora depois, perto das barraquinhas de cachorro-quente que ficam fora do estabelecimento.
Santos, que tinha passagem pela polícia por roubo a banco, foi atingido na cabeça e no peito quando entrava em um Corsa. Morreu antes de ser levado para um pronto-socorro.
O preparador de pintura Adilson de Santana Silva, 24, que teve seu carro perfurado pelos tiros, disse que dois homens passaram a atirar contra alguém que estava dentro da choperia.
"Estava dançando e ouvi os tiros. Todo mundo pulou no chão. Vi dois caras, que estavam em uma moto, atirando de fora. Um outro, que estava dentro, revidava", afirmou Silva, que não sabe dizer se algum segurança participou do tiroteio.
A assessoria de imprensa do Chaplin afirma que eles não atiraram. O segurança Daniel Ferraz, 25, foi um dos baleados e, segundo os médicos, corre o risco de ficar paraplégico.
Apesar de os frequentadores da choperia terem se abaixado, os tiros de pistolas ponto 40 e 45 mm acabaram atingindo três deles, que, ontem à noite, não corriam risco de morrer.
A promotora de vendas Maria Cristina Almeida Ferreira, 25, e o auxiliar administrativo Anselmo Carlos Figueroa, 24, foram atingidos de raspão na cabeça. O estudante William Farias de Almeida, 24, levou um tiro perto do olho e pode ficar cego.
Duas mulheres que estavam com Santos dentro da choperia disseram ao pai dele, Joel dos Santos, 54, que o autor do crime é um homem chamado Eduardo.



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