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Testemunha alega problemas pessoais e adia depoimento
da Reportagem Local
O digitador Dário Pereira Netto, 34, principal testemunha do assassinato do adestrador de cães Edson Néris da Silva, 35, não compareceu ontem para depor à polícia como havia sido marcado.
O depoimento estava previsto para as 12h30. Minutos antes, porém, de acordo com o delegado Jorge Carrasco, o advogado de Netto ligou para a Seccional Centro e pediu que a testemunha fosse ouvida apenas amanhã.
"Ele disse que o rapaz ainda está muito nervoso e assustado com a repercussão do caso, além de ter alguns problemas pessoais para resolver", disse Carrasco, que não quis citar o nome do advogado.
O digitador estava com Néris quando ele foi espancado até a morte na praça da República (região central de São Paulo) na madrugada do último domingo.
Carrasco é o delegado responsável pela Seccional Centro, a qual está subordinado o 3º DP (Santa Ifigênia), que investiga o caso.
Para ele, o fato de Netto provavelmente não conseguir identificar os agressores, como informou anteontem à Folha a mãe do rapaz, Iracema do Carmo Netto, não enfraquecerá as provas existentes contra os 18 detidos.
"Já temos três testemunhas oculares, além de um soco-inglês apreendido e de pessoas que narram arruaças promovidas pelo grupo na praça do Correio e no metrô antes do crime", disse Carrasco. "É suficiente."
Os detidos -16 homens e 2 mulheres- pertencem ao grupo Carecas do ABC, acusado de discriminar negros, judeus, nordestinos e homossexuais.
A vítima, de acordo com o depoimento prestado à polícia por um deles, teria sido morta por "parecer homossexual".
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