São Paulo, quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

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Brasileiro se divide na avaliação do SUS

Segundo pesquisa do Ipea, 28,5% vêem os serviços públicos de saúde negativamente; outros 28,9% aprovam

Tempo de espera e falta de médicos são as principais reclamações; programa de saúde da família é elogiado

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Pesquisa sobre o SUS (Sistema Único de Saúde) mostra que 28,5% dos brasileiros avaliam os serviços públicos de saúde como ruins ou muito ruins. O estudo, realizado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) foi divulgado ontem.
Proporção semelhante -28,9%- avalia o serviço entre bom e muito bom. A pesquisa ouviu 2.773 pessoas no período de 3 a 19 de novembro de 2010.
As avaliações mais críticas vêm justamente de quem não costuma usar os serviços. Entre os que usaram o SUS no último ano, 30,4% avaliam o serviço positivamente. Já entre os que não usaram, 19,2% aprovam o serviço.
Centros e postos de saúde e o atendimento de emergência foram os piores avaliados. Do outro lado, está o serviço de saúde da família, considerado bom ou muito bom por 80,7% dos entrevistados que já foram visitados pelo programa.
A distribuição gratuita de remédios foi avaliada positivamente por 69,6%.

MELHORIAS
Aumentar o número de médicos e reduzir o tempo de espera para atendimento são as principais melhorias sugeridas por brasileiros para o SUS, segundo a pesquisa.
Sobre o atendimento em centros e postos de saúde, quase a metade dos entrevistados (46,9%) sugeriu que o número de médicos fosse aumentado. No atendimento por médicos especialistas, 37,3% dos entrevistados fizeram a mesma sugestão.
O percentual é semelhante ao de pessoas que cobraram o mesmo em serviços de urgência e emergência (33%).
As melhorias sugeridas pelos entrevistados incluem a redução da espera para atendimento em centros e postos de saúde -e também menor intervalo de tempo entre a marcação da consulta e a visita ao médico.
A pesquisa indica ainda que a razão para se ter um plano de saúde, para o brasileiro, é a maior rapidez no atendimento privado.
Em segundo lugar vem o fato de o benefício ser oferecido por empregadores e, depois, uma maior liberdade para escolher o médico.


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