DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ex-governador Anthony Garotinho comandou, anteontem, a reunião em que a governadora do Rio, Rosinha Matheus, sua mulher, não aceitou a proposta do governo federal de intervir nas polícias do Estado e no sistema penitenciário.
Em discurso afinado, o casal disse ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e ao diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, que se submeter ao comando federal seria dar uma demonstração pública de impotência do governo do Estado.
Garotinho participou da reunião depois que Rosinha conseguiu dos presentes o consentimento para chamá-lo. O ex-governador apresentou um documento propondo medidas de combate à criminalidade. Disse que repetia, na reunião, uma iniciativa tomada em 2000, quando teria encaminhado as mesmas sugestões ao então presidente Fernando Henrique Cardoso.
O ex-governador disse aos presentes que FHC não acolheu as propostas, o que teria contribuído para agravar a crise da segurança no Rio.
Rosinha afirmou que teve só dois meses de mandato, tal como o presidente Lula, e precisa de mais tempo para enfrentar o crime organizado. Ela exibiu números segundo os quais a gestão de Garotinho teria melhorado a segurança, e atribuiu à sua sucessora, Benedita da Silva (PT), hoje ministra da Assistência e Promoção Social, a deterioração do quadro. (ANDRÉA MICHAEL)


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