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TRÁFICO
Em ação conjunta, foram feitas prisões em São Paulo e em Tel Aviv (Israel)
Quadrilha internacional é descoberta
DO "AGORA"
A maior quadrilha internacional responsável pelo tráfico de
drogas entre a América do Sul e o
Oriente Médio foi desmantelada
anteontem, com a prisão de duas
pessoas em São Paulo e outras três
em Tel Aviv, em Israel.
Parte do dinheiro obtido com a
venda de cocaína era destinada ao
financiamento de ações terroristas, de acordo com a Polícia Federal de São Paulo, que agiu em conjunto com a polícia israelense.
Os homens presos em São Paulo, segundo a PF, estavam entre os
integrantes mais importantes da
quadrilha -que já tivera cinco de
seus membros presos no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos
(Grande SP), durante o Carnaval.
Em fevereiro, a polícia de Israel
pedira à Delegacia de Repressão a
Entorpecentes da PF paulista que
acompanhasse a ação de dois homens que chegaram ao Brasil há
seis meses: o libanês identificado
como Said, que usava documentos equatorianos falsos no nome
de Marco Antônio Ramirez, 31, e
o israelense Ezrah Eliyahu, 39.
O primeiro intermediava, segundo a polícia, a recepção da
droga do Cartel de Cali, na Colômbia, e passava para o segundo,
responsável por entregar as drogas a "mulas" que a levassem ao
Oriente Médio. Os dois se hospedavam em diferentes flats de luxo
da zona sul de São Paulo.
Um terceiro homem, também
israelense, conhecido como Nassar, foi contratado para levar a cocaína até Israel. Os encontros dos
três, nos flats, estavam sendo gravados pela Polícia Federal.
Na última quinta, monitorado
por policiais brasileiros, Nassar
embarcou para Tel Aviv. No aeroporto, a bagagem dele foi interceptada pela Polícia Federal, que
constatou que ele carregava 10 kg
de cocaína. A mala foi liberada.
O vôo fez uma escala na Itália.
Nassar continuou sendo seguido
pelos policiais. Ele foi preso, com
outras duas pessoas -que seriam
terroristas-, ao entregar a droga,
já em Israel.
Após a prisão dessas três pessoas em Israel, a Polícia Federal
prendeu, em São Paulo, Eliyahu e
Ramirez. Eles serão julgados e,
depois de cumprirem pena no
Brasil, serão expulsos para seus
países de origem.
A polícia israelense pretende
chegar a outras pessoas que tenham participação no narcotráfico e no financiamento de ações
terroristas.
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