São Paulo, terça-feira, 10 de abril de 2001
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PANORÂMICA VIOLÊNCIA Policiais são acusados de matar trabalhador rural em cidade de Minas Gerais "Chamei a polícia para ajudar. Eles vieram e mataram meu filho a pancadas." A frase foi dita entre lágrimas pela doméstica Neusa Gonçalves Barcelos, 54, na sala de sua casa de três cômodos em Veríssimo, cidade mineira de 2.575 habitantes, a 41 km de Uberaba. O trabalhador rural Anderson Luiz Gonçalves Barcelos, 22, filho de Neusa, morreu no último domingo no Centro de Terapia Intensiva do Hospital Escola de Uberaba. Ele havia sido internado seis dias antes com ruptura nos intestinos. A família acusa os cabos Lucimar Dias Pimenta e Eugênio Carlos da Silva e o sargento José Antonio de Matos de ter espancado Anderson e provocado sua morte. Os policiais negam ter espancado Anderson. No atestado de óbito consta que a morte foi causada por hemorragia interna em consequência de traumatismo abdominal. O legista Romeu Norte Pereira, que realizou a necropsia, disse que Anderson tinha lesões no tórax, punhos, pés, região dorsal e nos genitais. O espancamento teria começado na rua da casa da família, por volta das 20h. A PM foi chamada porque Anderson, bêbado, estava quebrando os móveis e aparelhos eletrônicos da casa. O rapaz tinha várias passagens pela polícia por furto, lesões corporais e uso de drogas. Estava em liberdade condicional.(DA AGÊNCIA FOLHA)
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