São Paulo, domingo, 10 de abril de 2011

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MARIA ADELAIDE DE AZEVEDO SODRÉ (1918-2011)

Ela usou o francês e os teletipos

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Na infância, passada no Rio de Janeiro, onde nasceu, Maria Adelaide de Azevedo Sodré estudou em colégio francês e lá aprendeu a falar uma segunda língua.
Em meados dos anos 40, já casada com o engenheiro Henrique de Almeida Fialho, ela se mudou para São Paulo.
Aqui, Maria Adelaide, que chegou a fazer um ano de química antes de desistir do curso, resolveu usar seus conhecimentos do idioma.
Começou, como lembra o filho Henrique, médico ortopedista, a trabalhar na France-Presse, uma das maiores agências de notícias do mundo. Na época, ainda eram usados os teletipos, aparelhos telegráficos que transmitiam mensagens por meio de teclados datilográficos.
Seu trabalho, recorda-se o filho, ficava na praça João Mendes, centro de São Paulo. Por falar bem francês, a função de Maria Adelaide era receber as notícias de fora e traduzi-las para o português, para serem enviadas aos veículos de comunicação.
À França ela foi a passeio duas vezes. Era extremamente comunicativa e extrovertida, segundo conta a família.
Registrada como jornalista, aposentou-se após cerca de 20 anos de trabalho.
Sua maior frustração foi quando, há cerca de 30 anos, perdeu um filho, jornalista e que trabalhara na mesma empresa que ela. Dos outros três filhos que teve, dois são médicos, e um é engenheiro.
Há dois meses, sofreu um acidente, no qual bateu a cabeça, mas recuperou-se. Pouco após ter alta, não resistiu a um infarto, na quarta, aos 92. Era viúva há cerca de 20 anos. Teve quatro filhos, seis netos e oito bisnetos.

coluna.obituario@uol.com.br


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