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Método cirúrgico é considerado simples
da Reportagem Local
A laparoscopia é um método cirúrgico simples amplamente utilizado pela medicina atual.
Consiste em uma pequena incisão (com cerca de 1 cm de extensão) na parte inferior da cicatriz
do umbigo, por onde se insere um
instrumento com fibra ótica e lentes que permitem a visualização da
cavidade do abdômen por uma tela de vídeo. Ou seja, o cirurgião
acompanha na tela o manuseio
dos instrumentos no abdômen.
São realizadas outras incisões
(com cerca de meio centímetro)
no abdômen para a introdução de pinças para a realização do ato
operatório (no caso de um cisto de
ovário, faz-se sua retirada).
O cisto ovariano geralmente é
colocado em um invólucro e, a
partir daí, introduz-se uma agulha
que aspira o líquido do cisto, que
murcha. Em seguida, o invólucro
com o material restante é retirado.
Segundo Seizo Miyadahira, ginecologista da Faculdade de Medicina da USP, esse tipo de cirurgia é
mais simples e vantajoso porque
as incisões são menores, o tempo
de internação e o risco de infecções hospitalares também são reduzidos e a recuperação do paciente é mais rápida.
De acordo com Sérgio Mancini
Nicolau, professor de ginecologia
da Unifesp, apesar de ser mais
simples, o procedimento, como
todo ato cirúrgico, tem risco de
complicações. Segundo ele, a laparoscopia exige muito cuidado no preparo para a introdução
da ótica. Na cavidade abdominal,
estão os grandes
vasos (como a artéria e suas bifurcações) e os intestinos, entre outros.
"Antes de introduzir o tubo de
fibra ótica, é feita uma perfuração
para injetar gás carbônico, que
distende o abdômen e afasta outros órgãos do lugar a ser trabalhado, o que diminui os riscos de
trauma nesses órgãos", diz Nicolau. Segundo ele, a introdução do
tubo só deve ser feita quando a cavidade atingir quantidade de ar
adequada e a pressão estiver controlada.
Quando ocorre uma lesão de artéria, é preciso suturar ou fazer
um enxerto urgente. "O sangue
circula na aorta com grande pressão. Dependendo do volume de
sangue perdido, a pessoa pode
morrer." Esse volume, segundo
ele, tem de ser acima de 30% do
total que circula no corpo (entre
quatro e cinco litros).
O risco de vida é maior quando a
lesão do vaso é grande e há dificuldade de estancar o sangramento.
A demora na correção do problema também leva à morte. "Mas
também depende da resposta de
cada paciente", diz Nicolau.
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