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Reforma da pista reduzirá em 21,5% os vôos em Congonhas
Obra na pista principal, para aumentar a segurança, deve ser iniciada na próxima segunda, a um custo de R$ 19,9 mi
51 vôos serão transferidos
para Cumbica e 106 terão
que ser cancelados
temporariamente durante
os 45 dias de reparo no local
ROGÉRIO PAGNAN
DA REPORTAGEM LOCAL
As reformas na pista principal de Congonhas, na zona sul
de São Paulo, previstas para serem iniciadas na segunda, reduzirão em 21,5% (167) os 778
vôos que operam no aeroporto.
De acordo com relatório divulgado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), desse
total, 51 vôos serão transferidos
para Cumbica, em Guarulhos
(na Grande São Paulo), e os outros 106 serão cancelados temporariamente pelas empresas.
As obras devem durar 45 dias.
A empresa que mais cortará
vôos será a Varig. Serão 66 suspensões, entre os 169 vôos operando atualmente. A reportagem não conseguiu falar com a
empresa ontem. A Ocean Air,
que cortará 12 dos seus 36 vôos,
disse que não havia sido informada oficialmente pela agência
das mudanças e, por isso, não
poderia comentar o assunto.
As duas empresas que foram
autorizadas a transferir seus
vôos para Guarulhos foram a
TAM (41) e a Gol (dez). A Anac
disponibilizou em seu site
(www.anac.gov.br) um link
com informações sobre algumas das alterações.
Em acordo assinado no mês
passado, a Anac se comprometeu -com o Ministério Público
Federal- a recomendar às empresas aéreas que comuniquem seus passageiros sobre
mudanças com "ao menos 15
dias de antecedência" para
"viabilizar o exercício dos direitos decorrentes das disparidades entre o serviço de transporte adquirido e aquele que
será efetivamente oferecido".
A pista principal será reformada para aumentar a segurança. Um dos seus principais
problemas é o acúmulo de água
que pode provocar a derrapagem de aeronaves.
Contrato
O contrato emergencial, de
R$ 19,9 milhões, para reforma
da pista principal deve ser assinado hoje, segundo a Infraero,
com um consórcio formado pela OAS e Queiroz Galvão. Até o
começo da noite, o documento
estava sendo analisado pelo departamento jurídico da estatal.
As duas empresas já participam do consórcio contratado
para a reforma de Congonhas,
estimada em quase R$ 200 milhões. Essa licitação está sendo
investigada pelo Ministério Público Federal por suspeita de
superfaturamento de até 252%
do preços pagos pela estatal.
A Infraero diz que o relatório
do TCU (Tribunal de Contas da
União), que apontou a irregularidade, não é conclusivo.
O novo contrato, segundo a
assessoria de imprensa do órgão, também poderá ser analisado pelos procuradores.
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