São Paulo, quinta-feira, 10 de maio de 2007

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Reforma da pista reduzirá em 21,5% os vôos em Congonhas

Obra na pista principal, para aumentar a segurança, deve ser iniciada na próxima segunda, a um custo de R$ 19,9 mi

51 vôos serão transferidos para Cumbica e 106 terão que ser cancelados temporariamente durante os 45 dias de reparo no local

ROGÉRIO PAGNAN
DA REPORTAGEM LOCAL

As reformas na pista principal de Congonhas, na zona sul de São Paulo, previstas para serem iniciadas na segunda, reduzirão em 21,5% (167) os 778 vôos que operam no aeroporto.
De acordo com relatório divulgado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), desse total, 51 vôos serão transferidos para Cumbica, em Guarulhos (na Grande São Paulo), e os outros 106 serão cancelados temporariamente pelas empresas. As obras devem durar 45 dias.
A empresa que mais cortará vôos será a Varig. Serão 66 suspensões, entre os 169 vôos operando atualmente. A reportagem não conseguiu falar com a empresa ontem. A Ocean Air, que cortará 12 dos seus 36 vôos, disse que não havia sido informada oficialmente pela agência das mudanças e, por isso, não poderia comentar o assunto.
As duas empresas que foram autorizadas a transferir seus vôos para Guarulhos foram a TAM (41) e a Gol (dez). A Anac disponibilizou em seu site (www.anac.gov.br) um link com informações sobre algumas das alterações.
Em acordo assinado no mês passado, a Anac se comprometeu -com o Ministério Público Federal- a recomendar às empresas aéreas que comuniquem seus passageiros sobre mudanças com "ao menos 15 dias de antecedência" para "viabilizar o exercício dos direitos decorrentes das disparidades entre o serviço de transporte adquirido e aquele que será efetivamente oferecido".
A pista principal será reformada para aumentar a segurança. Um dos seus principais problemas é o acúmulo de água que pode provocar a derrapagem de aeronaves.

Contrato
O contrato emergencial, de R$ 19,9 milhões, para reforma da pista principal deve ser assinado hoje, segundo a Infraero, com um consórcio formado pela OAS e Queiroz Galvão. Até o começo da noite, o documento estava sendo analisado pelo departamento jurídico da estatal.
As duas empresas já participam do consórcio contratado para a reforma de Congonhas, estimada em quase R$ 200 milhões. Essa licitação está sendo investigada pelo Ministério Público Federal por suspeita de superfaturamento de até 252% do preços pagos pela estatal.
A Infraero diz que o relatório do TCU (Tribunal de Contas da União), que apontou a irregularidade, não é conclusivo.
O novo contrato, segundo a assessoria de imprensa do órgão, também poderá ser analisado pelos procuradores.


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