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CIDADANIA
Prostitutas também poderão frequentar aulas
Curso para travesti une alfabetização e estética
DA REPORTAGEM LOCAL
Kelly Cristina da Costa e Rafaela Dummont são transexuais, cabelereiras e, a partir de hoje, professoras. Elas ministrarão, junto com a Prefeitura
de Santo André, um curso que
mistura estética e alfabetização
para 21 travestis e prostitutas.
Lançado ontem, o projeto
surgiu a partir de um trabalho
feito pela Secretaria Municipal
de Saúde para estimular entre
os profissionais do sexo o uso
de preservativos e o teste do
HIV. Os agentes perceberam
que, embora não admitissem,
muitos tinham escolaridade
precária. Para superar a rejeição que um curso de alfabetização teria, a Secretaria de Educação e Formação Profissional do
município o associou a um curso de cabelereiro.
Mas havia outro problema.
"Alguns transexuais e profissionais do sexo já frequentavam alguns cursos, mas tinham dificuldade de adaptação", disse a secretária da Educação,
Cleusa Repulho. Foi montado, então, curso específico para este público. O projeto deve durar seis meses e segue a estratégia do Mova (Movimento de
Alfabetização de Jovens e Adultos), de pôr como educador um
membro da comunidade atendida. "O problema de alfabetização não é falta de interesse. O preconceito nas escolas é que faz elas preferirem abandonar
o estudo", afirma Dummont.
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