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São Paulo, terça-feira, 10 de junho de 2003

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CIDADANIA

Prostitutas também poderão frequentar aulas

Curso para travesti une alfabetização e estética

DA REPORTAGEM LOCAL

Kelly Cristina da Costa e Rafaela Dummont são transexuais, cabelereiras e, a partir de hoje, professoras. Elas ministrarão, junto com a Prefeitura de Santo André, um curso que mistura estética e alfabetização para 21 travestis e prostitutas.
Lançado ontem, o projeto surgiu a partir de um trabalho feito pela Secretaria Municipal de Saúde para estimular entre os profissionais do sexo o uso de preservativos e o teste do HIV. Os agentes perceberam que, embora não admitissem, muitos tinham escolaridade precária. Para superar a rejeição que um curso de alfabetização teria, a Secretaria de Educação e Formação Profissional do município o associou a um curso de cabelereiro.
Mas havia outro problema. "Alguns transexuais e profissionais do sexo já frequentavam alguns cursos, mas tinham dificuldade de adaptação", disse a secretária da Educação, Cleusa Repulho. Foi montado, então, curso específico para este público. O projeto deve durar seis meses e segue a estratégia do Mova (Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos), de pôr como educador um membro da comunidade atendida. "O problema de alfabetização não é falta de interesse. O preconceito nas escolas é que faz elas preferirem abandonar o estudo", afirma Dummont.


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