São Paulo, sábado, 10 de junho de 2006

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Perueiro preso nega relação com facção criminosa

DO "AGORA"

Há cinco dias preso sob a acusação de ser o responsável pela cooperativa de perueiros que teria financiado o resgate frustrado de um seqüestrador ligado ao PCC, Luiz Carlos Pacheco, o Pandora, 36, afirmou ontem na carceragem da Dise (Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes) de Santo André (ABC) que está "pagando o pato pelo erro de outros cooperados".
Segundo a polícia, o dinheiro para financiar a ação criminosa saiu da garagem 2 da Cooper-Pan, empresa que Pandora preside. Ele, porém, garante que a garagem 2 é "independente" e ele não tem relação alguma com PCC ou resgate de presos. A Cooper-Pan, operadora da zona sul, é a maior cooperativa de São Paulo, com 1.380 lotações em 103 linhas.
"Quando eu sair da cadeia, vou pedir audiência com o secretário de Transportes [Frederico Bussinger] e exigir a cisão documental da nossa cooperativa com a garagem 2", disse Pandora.
A licitação de 2003 no sistema, porém, impede que uma cooperativa -no caso a garagem 2 da Cooper-Pan, que usa o nome Cooper-Mix-, opere sem ter vencido a concorrência. A prefeitura não reconhece a Cooper-Mix como operadora.
Ao contrário do que disse em depoimento à polícia na terça-feira, Pandora não confirmou ter sido pressionado pelo ex-secretário Jilmar Tatto (PT) a encampar na garagem 2 da Cooper-Pan perueiros da Transmetro -cooperativa extinta em 2003 acusada de lavar dinheiro para o crime organizado. Mas afirma já ter "ouvido falar" da infiltração da facção.


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