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Perueiro preso nega relação com facção criminosa
DO "AGORA"
Há cinco dias preso sob a
acusação de ser o responsável
pela cooperativa de perueiros
que teria financiado o resgate
frustrado de um seqüestrador
ligado ao PCC, Luiz Carlos Pacheco, o Pandora, 36, afirmou
ontem na carceragem da Dise
(Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes) de Santo
André (ABC) que está "pagando o pato pelo erro de outros
cooperados".
Segundo a polícia, o dinheiro
para financiar a ação criminosa
saiu da garagem 2 da Cooper-Pan, empresa que Pandora preside. Ele, porém, garante que a
garagem 2 é "independente" e
ele não tem relação alguma
com PCC ou resgate de presos.
A Cooper-Pan, operadora da
zona sul, é a maior cooperativa
de São Paulo, com 1.380 lotações em 103 linhas.
"Quando eu sair da cadeia,
vou pedir audiência com o secretário de Transportes [Frederico Bussinger] e exigir a cisão documental da nossa cooperativa com a garagem 2", disse Pandora.
A licitação de 2003 no sistema, porém, impede que uma
cooperativa -no caso a garagem 2 da Cooper-Pan, que usa o
nome Cooper-Mix-, opere
sem ter vencido a concorrência. A prefeitura não reconhece
a Cooper-Mix como operadora.
Ao contrário do que disse em
depoimento à polícia na terça-feira, Pandora não confirmou
ter sido pressionado pelo ex-secretário Jilmar Tatto (PT) a encampar na garagem 2 da Cooper-Pan perueiros da Transmetro -cooperativa extinta
em 2003 acusada de lavar dinheiro para o crime organizado. Mas afirma já ter "ouvido
falar" da infiltração da facção.
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