São Paulo, sexta-feira, 10 de junho de 2011
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ANÁLISE Avental não é o principal vilão na transmissão das bactérias HÉLIO SCHWARTSMAN ARTICULISTA DA FOLHA Vários estudos mostram que jalecos de profissionais de saúde de fato carregam agentes patógenos, incluindo alguns germes bem ruinzinhos, que apresentam resistência a antibióticos. A lei paulista deixa de fazer sentido quando se considera que equipamentos de proteção individual não são os únicos nem os mais importantes reservatórios de bactérias. Um dos principais vilões entre os seres inanimados é o estetoscópio. Celulares, canetas, óculos, teclados e mouses também aparecem no alto das listas de fômites hospitalares (objetos capazes de transportar germes). Menos lembradas, mas não menos perigosas, são as gravatas. Um estudo inglês de 2007 recomendou que médicos deixassem de usá-las. Ao contrário de jalecos, elas quase nunca são lavadas. Fômites, contudo, têm um papel menos importante na transmissão de infecções do que as mãos de médicos e enfermeiros. Bactérias e fungos não andam. Eles costumam ser levados a objetos e a pacientes através de um agente animado, que é quase sempre a mão de alguém. Texto Anterior: Governo de SP veta jaleco fora do trabalho Próximo Texto: Para autor do projeto, peça dá "status" a médico Índice | Comunicar Erros |
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