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Para especialista,
terapia deverá ser reavaliada
DA REPORTAGEM LOCAL
"Isso é um torpedo no casco
do navio", diz o presidente honorário da Sociedade Latino-americana de Sociedades de
Climatério e Menopausa, Nilson Roberto de Melo, sobre os
"efeitos" da pesquisa.
Melo afirma que deve ocorrer
uma reavaliação sobre as recomendações da terapia, assim
como ocorreu após a divulgação de outros estudos.
Para o ginecologista, a partir
dos resultados é possível dizer
que a terapia não é adequada
para mulheres que já sofrem
com efeitos colaterais ou que
tenham histórico e/ou casos na
família de doenças cérebro-vasculares e câncer de mama.
Melo diz, no entanto, que
continua acreditando na terapia, desde que esta seja adaptada a cada caso, após o balanço
de riscos e benefícios, feito pelo
médico e paciente.
O ginecologista destaca que
suas conclusões são sobre os
dados resumidos do estudo.
"Precisamos rever o conceito
sobre a proteção cardiovascular [da terapia". Esse estudo demonstra que não há benefícios
também em relação à prevenção primária dessas doenças",
diz José Mendes Aldrighi, professor de Ginecologia da Santa
Casa de São Paulo e da USP
(Universidade de São Paulo). O
professor avaliou dados resumidos do estudo.
Aldrighi destaca que a pesquisa utilizou doses de estrogênio duas vezes maiores do que
as aplicadas hoje pelos médicos. Além disso, foi administrado o estrogênio conjugado
equino. Existem outros tipos
de estrogênio, como o natural,
que não foram avaliados, diz.
Pedro Paulo Roque Monteleone, ginecologista e obstetra e
ex-presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo, recomenda que as pacientes
conversem com seus médicos.
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