São Paulo, sábado, 10 de julho de 2004

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SAÚDE

Sete acusados de fraude contra o SUS são exonerados de hospital em Porto Alegre
Quatro médicos e três outros funcionários do Grupo Hospitalar Conceição (administrado pelo Ministério da Saúde), em Porto Alegre, foram exonerados em razão de suposta participação em irregularidades. Os sete demitidos por justa causa trabalhavam no Hospital Cristo Redentor, integrante do grupo.
O anúncio foi feito pessoalmente ontem, em Porto Alegre, pelo ministro da Saúde, Humberto Costa, e pelo superintendente do Conceição, João Mota. Os nomes dos funcionários exonerados não foram revelados.
Entre as fraudes comprovadas, estão a cobrança irregular pelo SUS e a compra de próteses e equipamentos não utilizados pelo hospital. Três tipos de irregularidades foram detectadas: funcionários fraudavam licitações, que eram viciadas (com vencedor marcado) e superfaturadas; médicos, nas prestações de contas, diziam que haviam colocado algum aparelho em um paciente, mas, na verdade, a intervenção fora mais simples; com paciente que os procuravam no âmbito privado, médicos agendavam informalmente um horário na emergência do SUS, para, então, serem submetidos ao procedimento desejado -eram cobrados ""por fora" valores entre R$ 1.000 e R$ 1.800.
O Ministério Público Federal permanece investigando os casos, que ocorreram entre 1996 e 1999 e foram comprovados por testemunhas, cheques nominais ao médico emitidos por pacientes, comprovantes de depósito em conta de médico e notas fiscais de clínicas. O processo que culminou nas exonerações foi aberto em setembro do ano passado, em razão de denúncias sobre a compra ilegal de próteses e cobranças de pacientes do SUS. (DA AGÊNCIA FOLHA)


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