São Paulo, quarta-feira, 10 de agosto de 2011 |
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FOCO De luto, filha de Teteia faz greve de fome por dois dias NATÁLIA CANCIAN COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Por dois dias, o hipopótamo fêmea Sininho, 10, quase não saiu da água e se recusou a comer. Ela está de luto por conta da morte de sua mãe Teteia, 53, a matriarca de uma família extensa de hipopótamos e um dos animais mais antigos do Zoológico de São Paulo -chegou em 1964 ao local. Funcionários do zoo dizem que já esperavam a perda súbita de apetite da filha, que acompanhou o procedimento de eutanásia aplicado em Teteia na sexta-feira. A despedida encerrou meses de agonia. Nesse tempo, a pequena viu a mãe sofrer de complicações como insuficiência renal crônica, anemia, artrose nas patas, problemas odontológicos e úlceras. O veterinário-chefe do zoo, Rodrigo Lopez, diz que a ideia era fazer com que ela percebesse que a mãe tinha morrido, o que poderia ser melhor do que ter a surpresa de não encontrá-la mais. "A gente sabia que ela ia sentir." Agora, Sininho já dá sinais de recuperação. No domingo, a comida que tinha sido rejeitada na noite anterior já não estava mais lá. Na segunda, comeu toda a ração. Também é vista em passeios noturnos. "Ela ainda não está 100%, mas aos poucos vai retomando a rotina", diz Ana Maria Beresca, bióloga do setor de mamíferos do zoológico. Se o apetite já foi resolvido, ainda tem o problema da falta de companhia. Da família de dez irmãos, apenas Sininho vivia com a mãe no recinto. O zoo estuda a possibilidade de ampliar o lugar e fazer com que Sininho passe a morar com seu sobrinho Pororó, que vive no Zoo Safári. Texto Anterior: Bairros da zona sul registram novo apagão Próximo Texto: Ação quer veto a leito para plano de saúde Índice | Comunicar Erros |
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