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VIOLÊNCIA
Número de assassinatos na cidade de São Paulo volta a crescer; ouvidor diz que número preocupa
SP tem 60 homicídios no fim-de-semana
da Reportagem Local
O número de homicídios registrado no final de semana na cidade de São Paulo voltou a subir. A
Secretaria da Segurança Pública
registrou 60 assassinatos na capital entre as 20h de sexta-feira e as
8h de ontem.
No final de semana anterior, haviam sido registrados 53 homicídios, e no fim-de-semana de 23 a
26 de julho, tinham sido computados 40 casos.
A última marca voltou a se
aproximar dos números de assassinatos registrados nos dois primeiros finais de semana de julho,
respectivamente, 62 e 59.
No último fim-de-semana, a
parte da região sul da cidade sob
responsabilidade da seccional de
Santo Amaro foi a mais violenta.
Nela ocorreram 17 homicídios.
Nas áreas da seccional de Itaquera e da seccional de São Mateus foram registrados, em cada
uma, 11 casos.
A seccional Sul e a seccional
Centro tiveram, cada uma, apenas um caso de homicídio.
No final de semana em que
ocorreram 62 homicídios (de 2 a 5
de julho) -marca próxima dos
60 casos registrados no último
fim-de-semana- a maior parte
dos assassinatos (15) também se
concentrou na área de responsabilidade da seccional de Santo
Amaro.
O recorde de assassinatos em
um final de semana ocorreu entre
os dias 5 e 8 de fevereiro deste ano,
quando 80 pessoas foram mortas
na cidade. A Secretaria da Segurança começou a mensurar os assassinatos em fins-de-semana em
1996. Este ano, o menor número
de homicídios foi registrado entre
os dias 12 e 15 de março: 37.
Para o ouvidor da Polícia de São
Paulo, Benedito Domingos Mariano, o aumento do número de
homicídios registrado no fim-de-semana "preocupa".
"A diminuição da violência vai
ser consequência da ampliação
do policiamento investigativo e
do ostensivo. Esses policiamentos
precisam ser acentuados nas regiões mais violentas. Não adianta
só fazer blitz policial. É preciso
aumentar o policiamento permanente", afirmou Mariano.
"É preciso investir na prevenção. Caso contrário, a polícia vai
sempre agir quando o fato já tiver
ocorrido", completou o ouvidor.
Segundo Benedito Mariano,
"sempre se diz" que uma das
principais causas dos assassinatos
é o envolvimento dos criminosos
e das vítimas com drogas.
"Por isso é preciso que as delegacias do interior trabalhem de
forma articulada com o Denarc
(Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos)",
afirmou o ouvidor.
A assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública informou que o secretário Marco
Vinicio Petrelluzzi não comentaria o número de homicídios.
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