São Paulo, quarta, 10 de setembro de 1997.



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Prescrição do caso Ana Lídia faz 4 anos

JULIANA GARÇON
da Redação

Em 11 de setembro de 1993, os assassinos de Ana Lídia Braga, 7, passaram a ficar livres de qualquer punição, mesmo que se apresentassem à polícia e confessassem o crime. O crime prescreveu após completar 20 anos.
Ana Lídia, 7, foi sequestrada, estuprada e morta em Brasília. Seu corpo foi encontrado num terreno baldio, semi-enterrado, nu e com marcas de violência sexual. Havia três tipos de esperma no local.
O crime, ocorrido em 11 de setembro de 1973, nunca foi esclarecido.
O inquérito do caso Ana Lídia envolvia Alfredo Buzaid Júnior, filho do então ministro da Justiça, e Eduardo Rezende, filho do então senador Eurico Rezende.
"Buzaidinho" e "Rezendinho" não foram indiciados.
Outros dois acusados, Álvaro Henrique Braga, irmão de Ana Lídia, e Raimundo Lacerda Duque foram julgados e considerados inocentes em 1975.
O assassinato de Edsônia Nunes Brito, 8, também em Brasília, teve desfecho diferente.
A menina foi violentada e morta em agosto de 1985 pelo carroceiro José da Costa Leite.
Os moradores da favela onde o corpo foi encontrado tiveram de ir à delegacia para prestar informações. Entre eles, estava Leite.
Durante o depoimento, o carroceiro caiu em contradição e acabou admitindo que havia cometido o crime.
Na época, ele afirmou que seu crime não se comparava ao assassinato de Ana Lídia. "O meu foi muito mais violento."
Pedrada
Uma pedrada foi o motivo que levou a empregada doméstica Berenice Correa de Jesus a matar a facadas Dayone Cristina Crescêncio, 10, em novembro de 1989.
A menina brincava na frente de sua casa e atirou uma pedra, que acertou Berenice.
Elas discutiram e a emprega doméstica disse à criança que iria matá-la.
Berenice também usou um espeto de churrasco para dar golpes em Dayone quando invadiu a casa, de madrugada.



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