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Ladrões assaltam prédio sem
luxo e levam até tapete do hall
da Reportagem Local
Assaltos em prédios de classe
média no eixo crítico da cidade
chegam a surpreender os moradores, que, em princípio, não se julgam alvo atraente para os ladrões.
Na madrugada de ontem, por
exemplo, dois homens armados
invadiram o edifício Marina, na
Saúde (zona sudoeste da capital),
um prédio com apartamentos de
dois dormitórios e uma fachada
sem qualquer luxo.
Depois de render e trancar o porteiro da noite dentro de um porta-malas, eles levaram uma perua
Blazer 91, três aparelhos de CD para automóveis e dois toca-fitas. O
tapete do hall de entrada também
foi roubado. "Era um tapete comum, desses que se compram em
qualquer loja", define o zelador
Zeferino Cosme, 66.
"O próprio assalto surpreendeu
o pessoal do prédio, que não tem
ostentação para atrair ladrão nenhum, por isso nunca se preocupou em reforçar a segurança."
Cosme conta que trabalha em
prédios residenciais há 35 anos. A
maior parte do tempo esteve empregado em Higienópolis, bairro
mais luxuoso, na região central.
"Lá era mais comum haver assalto, porque o pessoal tem mais
dinheiro e isso dá para notar pela
aparência dos prédios", afirma.
A principal vítima do assalto, o
comerciante José Ferreira Araújo,
41, que teve sua Blazer roubada,
acredita que o fato de o prédio ter
aparência modesta não é garantia
contra os ladrões. "Viver em São
Paulo é assim. A gente, que é de
classe média, não se surpreende
quando é vítima de assalto."
Seu carro, com valor estimado
em R$ 26 mil, foi recuperado seis
horas após o assalto. Só o painel
tinha sido danificado, provavelmente quando os ladrões fizeram
ligação direta da ignição.
Segundo o zelador Cosme, agora
os moradores começam a pensar
em adotar segurança mais rígida.
(ROGERIO SCHLEGEL)
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