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Bolsas para pós podem diminuir
da Sucursal de Brasília
O número de bolsas concedidas
pelo governo para a área de
pós-graduação não vai aumentar
no ano que vem e poderá até mesmo diminuir.
Anteontem, o presidente Fernando Henrique Cardoso disse
que era uma distorção do ensino
superior o fato de o número de
bolsas de especialização subir 12%
ao ano, enquanto o número de
graduandos é estável.
"Em 98, teremos a manutenção
do número de bolsas, as universidades deverão ter um critério mais
seletivo", afirmou o ministro da
Educação, Paulo Renato Souza.
Para o ministro, a bolsa deve ser
vista como um aperfeiçoamento,
não como um emprego.
Segundo Abílio Baeta Neves, secretário de Ensino Superior do
MEC, esse crescimento foi de 19%
de 94 a 97 nas bolsas de mestrado e
doutorado concedidas pela Capes
(Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior).
Se mantido o orçamento previsto para a Capes em 98, o número
de bolsas deve diminuir.
Este ano, o orçamento foi de R$
390 milhões. Para o ano que vem,
deverá ser de R$ 350 milhões.
O valor da bolsa de mestrado é de
R$ 724 e, para doutorado, R$
1.072.
O orçamento do MEC destinado
a bolsas de mestrado e doutorado é
de R$ 600 milhões.
Neves afirma que o problema
maior hoje é o tempo de permanência dos estudantes na pós-graduação.
Um aluno de mestrado, que poderia se formar em dois anos e
meio, se forma em mais de três.
Existem no país, juntando-se as
bolsas de mestrado e doutorado
concedidas pela Capes e pelo
CNPq, 35 mil bolsistas.
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