FERNANDO ROSSETTI
da Reportagem Local

O melhor das feiras de tecnologia em educação -como a Educando Sucesu 97, aberta ontem em São Paulo- tem sido as exposições das escolas.
É na apresentação que os próprios alunos fazem das suas maquetes, robôs e programas que se encontra o poder da tecnologia na educação: primeiro, a motivação, depois, a interdisciplinariedade e, finalmente, o trabalho em grupo.
O Colégio Brasil (Vila Carrão, zona sudeste de São Paulo) tem se destacado nessas feiras. Este ano, levou à Educando Sucesu uma grande maquete de uma vila olímpica, com transporte (um trem), iluminação, tudo controlado a partir de um computador -que armazena também um histórico das olimpíadas, um guia de São Paulo, entre outras informações.
O projeto é desenvolvido em partes, por diferentes grupos de alunos. Uma turma faz pesquisa histórica; outra, desenvolve os recursos de robótica (controle de máquinas a partir do computador), para fazer o trenzinho circular em diferentes momentos; e assim por diante.
O trabalho do Colégio Brasil poderá ser acompanhado a partir da semana que vem na página da Internet que os alunos montaram: http://www.spfreenetclub.com.br/cbrasil.
"Ih, entrou água na mangueira", comenta um aluno do Colégio Augusto Laranja (Moema, zona sudoeste), quando falha a demonstração de sua maquete de um sistema de segurança contra incêndios. Um grupo de alunos se reúne para resolver o problema. Na segunda demonstração, a maquete funciona.
O Externato Padre Luiz Tezza (Tucuruvi, zona norte) também levou à feira um grupo animado de alunos de várias séries para apresentar sua maquete de uma estação de tratamento de água.
Este ano, o congresso paralelo que acompanha a feira, já na quinta edição, está sendo transmitido via teleconferência para 22 cidades -e foi aberto ontem pelo ministro da Educação, Paulo Renato Souza. Ao todo, são 900 congressistas, 70 expositores e em torno de 5.000 visitantes por dia.