|
Texto Anterior | Índice
Promotor quer parar obra em mangue
da Sucursal do Rio
A Coordenadoria de Proteção ao
Meio Ambiente e ao Patrimônio
Cultural do Ministério Público do
Rio entra hoje na Justiça com ação
cautelar para tentar embargar a
construção do centro de treinamento do Vasco da Gama.
O clube pretende construir um
centro às margens da rodovia
Rio-Petrópolis, que deverá aterrar
335 mil m2 de um manguezal do
fundo da baía de Guanabara.
As promotoras Patrícia Silveira
da Rosa e Rosani da Cunha Gomes
entram hoje com pedido de liminar para embargar a obra.
Uma estrada já foi aberta dentro
do manguezal. Por seu valor ambiental Äé importante berçário e
reprodutor da vida marinhaÄ, os
manguezais são considerados
áreas de preservação permanente.
Ou seja: pela legislação federal,
não podem ser destruídos.
Em 30 dias, as promotoras pretendem entrar com ação civil pública para obrigar o Vasco a recuperar a área e investigar eventuais
responsabilidades de órgãos ambientais. O vice-presidente de Patrimônio da Vasco, José Joaquim
Cardoso Lima, negou que haja
aterro no manguezal. Ele disse ter
autorização da Feema (Fundação
Estadual de Engenharia do Meio
Ambiente) e do Ibama/RJ.
A direção da Feema informou
ter apenas liberado obras de terraplenagem nos cerca de 30% do terreno onde não há mangue. A chefe
da fiscalização do Ibama/RJ, Márcia das Graças Ferreira, disse ontem que enviou equipe de fiscais
ao local. A Brunet Engenharia foi
notificada a apresentar documentos que comprovem a legalidade
da obra. Segundo Márcia, a empresa recebeu recomendação para
parar as obras.
Texto Anterior | Índice
|