São Paulo, quinta, 10 de setembro de 1998

Texto Anterior | Índice

Promotor quer parar obra em mangue

da Sucursal do Rio

A Coordenadoria de Proteção ao Meio Ambiente e ao Patrimônio Cultural do Ministério Público do Rio entra hoje na Justiça com ação cautelar para tentar embargar a construção do centro de treinamento do Vasco da Gama.
O clube pretende construir um centro às margens da rodovia Rio-Petrópolis, que deverá aterrar 335 mil m2 de um manguezal do fundo da baía de Guanabara.
As promotoras Patrícia Silveira da Rosa e Rosani da Cunha Gomes entram hoje com pedido de liminar para embargar a obra.
Uma estrada já foi aberta dentro do manguezal. Por seu valor ambiental Äé importante berçário e reprodutor da vida marinhaÄ, os manguezais são considerados áreas de preservação permanente. Ou seja: pela legislação federal, não podem ser destruídos.
Em 30 dias, as promotoras pretendem entrar com ação civil pública para obrigar o Vasco a recuperar a área e investigar eventuais responsabilidades de órgãos ambientais. O vice-presidente de Patrimônio da Vasco, José Joaquim Cardoso Lima, negou que haja aterro no manguezal. Ele disse ter autorização da Feema (Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente) e do Ibama/RJ.
A direção da Feema informou ter apenas liberado obras de terraplenagem nos cerca de 30% do terreno onde não há mangue. A chefe da fiscalização do Ibama/RJ, Márcia das Graças Ferreira, disse ontem que enviou equipe de fiscais ao local. A Brunet Engenharia foi notificada a apresentar documentos que comprovem a legalidade da obra. Segundo Márcia, a empresa recebeu recomendação para parar as obras.



Texto Anterior | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.