São Paulo, sábado, 10 de outubro de 2009

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Fila para recarregar bilhete único continua

Desde segunda, usuários enfrentam problemas; SPTrans disse que situação seria normalizada na manhã de ontem

De acordo com a empresa responsável pelo sistema, uma funcionária foi agredida ao informar que haveria demora para repor créditos

DO "AGORA"

Usuários do bilhete único continuaram a enfrentar problemas para recarregar o cartão ontem. Na estação Barra Funda (zona oeste da capital), uma funcionária da empresa responsável pela recarga foi agredida por passageiros no período em que o sistema falhou.
Segundo a SPTrans (empresa que gerencia o transporte municipal), o sistema de recargas seria normalizado na manhã de ontem. Durante a semana, problemas com a recarga foram comuns e impediram, por exemplo, que passageiros com direito a 50% de desconto na tarifa (como os estudantes) pudessem aproveitar o benefício.
Sem conseguir recarregar o cartão, usuários perderam também a oportunidade de fazer quatro viagens pelo preço de uma no período de até três horas (que é a principal vantagem do bilhete único).
A Planetek, empresa responsável pelas bilheterias Pague Express, também sofreu prejuízos. Na estação Barra Funda, equipamentos foram danificados e uma atendente acabou sendo atacada por passageiros irritados com a demora.
"A nossa funcionária foi agredida ao informar, na fila, que o sistema da SPTrans estava lento. A população foi realmente muito afetada, e isso causou um grande descontentamento nos usuários", disse o vice-presidente da empresa, Marcos Bellizia.
A Pague Express atende a cerca de 300 mil pessoas diariamente. Segundo a empresa, o tempo normal para que o sistema faça a recarga é apenas 15 segundos. Ontem, porém, a demora chegou a cinco minutos na "boca da bilheteria", depois de o usuário já ter enfrentado a fila. "Isso quando tínhamos sistema", afirmou Bellizia.
A reportagem esteve na estação Barra Funda por volta das 11h30. Foram observadas fila com 60 pessoas e uma espera de 13 minutos até o caixa.
Na estação Consolação do metrô, havia fila com 28 pessoas e dez minutos de espera, no início da tarde -só uma bilheteria de três existentes estava em funcionamento.
"Estou há quatro dias tentando recarregar. Não consigo usar o desconto do bilhete estudantil, porque acabo comprando o passe de papel do metrô [R$ 2,55]", disse o estagiário Rafael Gonçalves, 23.


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