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Fila para recarregar bilhete único continua
Desde segunda, usuários enfrentam problemas; SPTrans disse que situação seria normalizada na manhã de ontem
De acordo com a empresa
responsável pelo sistema,
uma funcionária foi agredida
ao informar que haveria
demora para repor créditos
DO "AGORA"
Usuários do bilhete único
continuaram a enfrentar problemas para recarregar o cartão
ontem. Na estação Barra Funda
(zona oeste da capital), uma
funcionária da empresa responsável pela recarga foi agredida por passageiros no período em que o sistema falhou.
Segundo a SPTrans (empresa
que gerencia o transporte municipal), o sistema de recargas
seria normalizado na manhã de
ontem. Durante a semana, problemas com a recarga foram comuns e impediram, por exemplo, que passageiros com direito a 50% de desconto na tarifa
(como os estudantes) pudessem aproveitar o benefício.
Sem conseguir recarregar o
cartão, usuários perderam
também a oportunidade de fazer quatro viagens pelo preço
de uma no período de até três
horas (que é a principal vantagem do bilhete único).
A Planetek, empresa responsável pelas bilheterias Pague
Express, também sofreu prejuízos. Na estação Barra Funda,
equipamentos foram danificados e uma atendente acabou
sendo atacada por passageiros
irritados com a demora.
"A nossa funcionária foi
agredida ao informar, na fila,
que o sistema da SPTrans estava lento. A população foi realmente muito afetada, e isso
causou um grande descontentamento nos usuários", disse o
vice-presidente da empresa,
Marcos Bellizia.
A Pague Express atende a
cerca de 300 mil pessoas diariamente. Segundo a empresa, o
tempo normal para que o sistema faça a recarga é apenas 15
segundos. Ontem, porém, a demora chegou a cinco minutos
na "boca da bilheteria", depois
de o usuário já ter enfrentado a
fila. "Isso quando tínhamos sistema", afirmou Bellizia.
A reportagem esteve na estação Barra Funda por volta das
11h30. Foram observadas fila
com 60 pessoas e uma espera
de 13 minutos até o caixa.
Na estação Consolação do
metrô, havia fila com 28 pessoas e dez minutos de espera,
no início da tarde -só uma bilheteria de três existentes estava em funcionamento.
"Estou há quatro dias tentando recarregar. Não consigo usar
o desconto do bilhete estudantil, porque acabo comprando
o passe de papel do metrô [R$
2,55]", disse o estagiário Rafael
Gonçalves, 23.
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