COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

Os usuários de trens do Rio tiveram ontem mais um dia -o terceiro seguido- de dificuldades no sistema administrado pela Supervia, com o atraso de trens dos ramais de Santa Cruz e Deodoro, ambos na zona oeste. O atraso foi causado às 7h por um problema técnico numa subestação de energia que abastece o ramal de Santa Cruz.
A falta de pontualidade das composições gerou protestos de usuários. Como medida de segurança, as 11 estações entre Bangu e Santa Cruz ficaram fechadas por dez minutos.
A Supervia alegou "prevenção de tumultos" para justificar a medida. Segundo a concessionária, o problema foi sanado após cerca de 20 minutos. A empresa afirma que, a partir das 10h, os trens voltaram a circular no horário previsto.

Investigações
O Crea-RJ (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, seção Rio) vai investigar, a partir da próxima semana, os problemas que acarretaram as confusões de quarta e quinta-feira, quando houve quebra-quebras e confrontos entre passageiros e a polícia após falhas nos trens.
O presidente do Crea, Agostinho Guerreiro, disse ter pedido a uma comissão que levante a causa dos últimos incidentes. A comissão também ouvirá depoimentos de engenheiros da Supervia. Para Carneiro, "a falta de manutenção preventiva" por parte da concessionária também será analisada.
A Supervia nega problemas de manutenção e diz que cumpre integralmente o contrato com o governo do Estado.
A Polícia Civil do Rio investiga se foi sabotagem a causa do problema no pantógrafo (abastecedor de energia do trilho) que causou o atraso de trens na quinta-feira na estação Central do Brasil.
O titular da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados, Eduardo Freitas, afirmou que a interrupção de energia foi provocada por "ação humana intencional". Segundo ela, paralelepípedos iguais ao arremessado foram encontrados num viaduto acima da estação.


Texto Anterior: Fórmula 1: Operação de trânsito começa na segunda-feira
Próximo Texto: PF amplia as investigações sobre o Enem
Índice