São Paulo, terça-feira, 10 de novembro de 2009

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Eleição hoje na USP define lista tríplice para reitor

Colégio eleitoral tem cerca de 320 votantes; com oito docentes na disputa, escolha final do novo reitor será do governador Serra

FÁBIO TAKAHASHI
DA REPORTAGEM LOCAL

Com apoios dentro e fora da USP, oito professores buscam hoje votos para integrar uma lista tríplice, de onde será escolhido o próximo reitor da universidade.
Caberá ao governador José Serra (PSDB) eleger um entre os três mais votados.
Os apoios recebidos são um dos argumentos utilizados pelos candidatos para pedir votos. Cerca de 320 pessoas integram o colégio eleitoral, todas membros dos principais conselhos da universidade.
Alguns dos apoios declarados, por meio de carta ou abaixo-assinado, são:
1) Mais votado na primeira etapa, o diretor do Instituto de Física de São Carlos, Glaucius Oliva, recebeu o apoio de 30 membros da Academia Brasileira de Ciências. O filósofo Renato Janine Ribeiro, docente da FFLCH e ex-diretor da Capes, também se manifestou favorável à eleição de Oliva.
2) O diretor da Faculdade de Direito, João Grandino Rodas, é apoiado por três ex-reitores (Guerra Filho, Fava de Moraes e Adolpho Melfi) ex-ministros (três de Estado, um do Supremo Tribunal Federal e um do Superior Tribunal Militar). Rodas foi o segundo mais votado no primeiro turno.
3) Pró-reitor de pós-graduação, Armando Corbani tem o apoio de membros das comissões de pós-graduação da universidade e de diretores de algumas unidades da instituição. Corbani ficou em terceiro na primeira votação.

Reitora
Oficialmente, a atual reitora, Suely Vilela, afirma que não apoia nenhum dos candidatos.
Porém, pessoas próximas a ela e membros do Conselho Universitário (principal órgão da USP) dizem que a reitora pede votos para Oliva e Corbani.
Afirmam ainda que Vilela apoiará um terceiro nome, na tentativa de retirar Rodas da lista tríplice -entre os candidatos com mais chances de vitória, ele é o único que se coloca, nos bastidores, como oposição.
O terceiro escolhido pela reitora deverá ser o pró-reitor de cultura e extensão, Ruy Altafim, que ficou em sexto lugar no primeiro turno.
Mas a estratégia poderá mudar, segundo o andamento da votação (serão até três sessões de escolha, pois os candidatos precisam atingir a maioria dos votos para integrar a lista).
Tradicionalmente, o primeiro nome da lista é escolhido pelo governador como o novo reitor da universidade.
Desta vez, fontes no governo e na instituição afirmam que Serra poderá quebrar a tradição, caso vença um candidato apoiado pela reitora.
A relação entre os dois ficou ruim desde a invasão da reitoria, em 2007. Serra avaliou que Vilela conduziu mal a crise.


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