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Eleição hoje na USP define lista tríplice para reitor
Colégio eleitoral tem cerca de 320 votantes; com oito docentes na disputa, escolha final do novo reitor será do governador Serra
FÁBIO TAKAHASHI
DA REPORTAGEM LOCAL
Com apoios dentro e fora da
USP, oito professores buscam
hoje votos para integrar uma
lista tríplice, de onde será escolhido o próximo reitor da universidade.
Caberá ao governador José
Serra (PSDB) eleger um entre
os três mais votados.
Os apoios recebidos são um
dos argumentos utilizados pelos candidatos para pedir votos.
Cerca de 320 pessoas integram
o colégio eleitoral, todas membros dos principais conselhos
da universidade.
Alguns dos apoios declarados, por meio de carta ou abaixo-assinado, são:
1) Mais votado na primeira
etapa, o diretor do Instituto de
Física de São Carlos, Glaucius
Oliva, recebeu o apoio de 30
membros da Academia Brasileira de Ciências. O filósofo Renato Janine Ribeiro, docente
da FFLCH e ex-diretor da Capes, também se manifestou favorável à eleição de Oliva.
2) O diretor da Faculdade de
Direito, João Grandino Rodas,
é apoiado por três ex-reitores
(Guerra Filho, Fava de Moraes
e Adolpho Melfi) ex-ministros
(três de Estado, um do Supremo Tribunal Federal e um do
Superior Tribunal Militar). Rodas foi o segundo mais votado
no primeiro turno.
3) Pró-reitor de pós-graduação, Armando Corbani tem o
apoio de membros das comissões de pós-graduação da universidade e de diretores de algumas unidades da instituição.
Corbani ficou em terceiro na
primeira votação.
Reitora
Oficialmente, a atual reitora,
Suely Vilela, afirma que não
apoia nenhum dos candidatos.
Porém, pessoas próximas a
ela e membros do Conselho
Universitário (principal órgão
da USP) dizem que a reitora pede votos para Oliva e Corbani.
Afirmam ainda que Vilela
apoiará um terceiro nome, na
tentativa de retirar Rodas da
lista tríplice -entre os candidatos com mais chances de vitória, ele é o único que se coloca,
nos bastidores, como oposição.
O terceiro escolhido pela reitora deverá ser o pró-reitor de
cultura e extensão, Ruy Altafim, que ficou em sexto lugar no
primeiro turno.
Mas a estratégia poderá mudar, segundo o andamento da
votação (serão até três sessões
de escolha, pois os candidatos
precisam atingir a maioria dos
votos para integrar a lista).
Tradicionalmente, o primeiro nome da lista é escolhido pelo governador como o novo reitor da universidade.
Desta vez, fontes no governo
e na instituição afirmam que
Serra poderá quebrar a tradição, caso vença um candidato
apoiado pela reitora.
A relação entre os dois ficou
ruim desde a invasão da reitoria, em 2007. Serra avaliou que
Vilela conduziu mal a crise.
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