São Paulo, sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

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Em SP, morador de rua tinha 3.000 pontos na carteira

Detran tem 1.500 inquéritos para investigar casos de falsidade ideológica no comércio de transferência de pontos entre CNHs

Sistema identifica motoristas que recebem 50 pontos em multas em ao menos três veículos no período de um mês


EMILIO SANT'ANNA
DE SÃO PAULO

Existem hoje 1.500 inquéritos na Divisão de Crimes de Trânsito do Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo) para investigar casos de falsidade ideológica no comércio de transferência de pontos entre carteiras de habilitação.
Até mesmo um morador de rua já foi indiciado sob essa suspeita, afirma o delegado responsável pelo setor de crimes de trânsito, Wilson Roberto Zampieri.
O esquema é simples: um condutor "hospedeiro", "aluga" a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e recebe os pontos das infrações de outros motoristas. Em troca, pode receber até R$100.
Não era o caso do morador de rua, afirma Zampieri. "Ele recebia R$ 10 por transferência. Tinha mais de 3.000 pontos na habilitação."
Em 2009, mais de 6 milhões de multas foram aplicadas apenas na capital paulista. Identificar o comércio de transferências, no entanto, não é tão complicado.
No Detran-SP, um sistema eletrônico reconhece os motoristas que recebem mais de 50 pontos em multas em ao menos três veículos diferentes no período de um mês.
Os motoristas, então, são intimados a depor. Essa lista se transforma em cerca de 150 novos inquéritos por mês, explica o delegado.
No Denatran, um projeto prevê que todos os Estados mantenham cadastros dos "infratores profissionais".

VISTORIA
A partir de 1º de janeiro de 2011, empresas particulares estarão proibidas de fazer laudos de vistoria de veículos. A vistoria é obrigatória para a venda do veículo.


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