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Santa Casa usa potes iguais em 39 hospitais
Suposta troca de soro e
vaselina matou garota
TALITA BEDINELLI
DE SÃO PAULO
Os potes iguais de vaselina
e soro usados pelo hospital
São Luiz Gonzaga (zona norte), onde Stephanie Teixeira,
12, morreu no último sábado,
são disponibilizados para os
39 hospitais que fazem parte
da Irmandade Santa Casa.
A instituição administra o
São Luiz Gonzaga.
Stephanie morreu depois
de a auxiliar de enfermagem
Cátia Aragaki, 26, aplicar 50
ml de vaselina em vez de soro
nas veias da menina.
Os medicamentos são feitos pela própria Santa Casa.
Os frascos de vaselina e de
soro são idênticos e o nome
dos medicamentos estava em
etiqueta de mesma cor.
A auxiliar de enfermagem
disse à polícia que foi induzida ao erro porque os frascos
estavam no mesmo armário.
A Santa Casa disse que vai
apurar o caso e alterar a etiquetagem dos produtos.
Segundo a Santa Casa, o
soro armazenado em vidro e
produzido por ela é uma solução de hidratação específica. A instituição não deixou
claro o que há de específico.
Stephanie já havia recebido duas bolsas de um soro
convencional, armazenado
em recipientes plásticos e
comprados fora. Quando receberia a terceira dose (do soro "específico" da Santa Casa
guardado em vidro), a auxiliar aplicou a vaselina.
O Ministério Público abriu
ontem um inquérito civil público para averiguar os procedimentos do hospital.
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