São Paulo, sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

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Santa Casa usa potes iguais em 39 hospitais

Suposta troca de soro e vaselina matou garota

TALITA BEDINELLI
DE SÃO PAULO

Os potes iguais de vaselina e soro usados pelo hospital São Luiz Gonzaga (zona norte), onde Stephanie Teixeira, 12, morreu no último sábado, são disponibilizados para os 39 hospitais que fazem parte da Irmandade Santa Casa.
A instituição administra o São Luiz Gonzaga.
Stephanie morreu depois de a auxiliar de enfermagem Cátia Aragaki, 26, aplicar 50 ml de vaselina em vez de soro nas veias da menina.
Os medicamentos são feitos pela própria Santa Casa. Os frascos de vaselina e de soro são idênticos e o nome dos medicamentos estava em etiqueta de mesma cor.
A auxiliar de enfermagem disse à polícia que foi induzida ao erro porque os frascos estavam no mesmo armário.
A Santa Casa disse que vai apurar o caso e alterar a etiquetagem dos produtos.
Segundo a Santa Casa, o soro armazenado em vidro e produzido por ela é uma solução de hidratação específica. A instituição não deixou claro o que há de específico.
Stephanie já havia recebido duas bolsas de um soro convencional, armazenado em recipientes plásticos e comprados fora. Quando receberia a terceira dose (do soro "específico" da Santa Casa guardado em vidro), a auxiliar aplicou a vaselina.
O Ministério Público abriu ontem um inquérito civil público para averiguar os procedimentos do hospital.


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