|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VIOLÊNCIA
Modelo de policiamento adotado no Estado de São Paulo há oito meses já teve registro de seis vítimas
Policial "solitário" é morto em serviço
DA REPORTAGEM LOCAL
Um policial militar que trabalhava sozinho foi assassinado ontem ao atender uma ocorrência
na zona sul de São Paulo.
O soldado Carlos Lorenzeto
Garcia, 39, levou 13 tiros de madrugada no portal do Morumbi.
É a sexta vítima em São Paulo
do que a PM chama de "policiamento integrado", que existe há
oito meses no Estado.
Em vez de dois policiais por carro, fica apenas um. O resultado,
segundo a PM: há mais veículos
nas ruas para a prevenção, com
menos homens. Na capital, cerca
de 20% do total de veículos da
corporação tem "solitários".
O que se viu desde o início da
medida foram cinco policiais assaltados e um morto.
" Se os bandidos percebem que
o PM está vulnerável, vão atacá-lo", disse o deputado Wilson Morais (PSDB), presidente da Associação dos Cabos e Soldados.
Era início da madrugada quando o soldado Lorenzeto foi avisado pelo rádio de que havia um
veículo abandonado na rua Sebastião Francisco, perto da favela
Jardim Colombo.
No local, ele verificou o número
da placa pelo rádio, descobriu que
o Uno havia sido furtado dias antes e pediu a vinda de mais carros
policiais para ajudá-lo.
Nesse intervalo, de três a cinco
homens teriam aparecido atirando, de surpresa, segundo o tenente-coronel Hiran Figueiredo Leão,
comandante da área.
Houve novo tiroteio com a chegada de mais policiais. Um dos
suspeitos, Paulo Henrique de Oliveira Vargas, 18, ex-interno da Febem e que estava em liberdade assistida, acabou morrendo. Outros
dois foram detidos à noite.
O soldado, que estava na corporação havia 16 anos, foi enterrado
ontem.
Texto Anterior: Sistema carcerário: Corregedoria investiga denúncias Próximo Texto: Outro lado: Corporação culpa fator surpresa e defende ronda Índice
|