São Paulo, quarta-feira, 11 de janeiro de 2006

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PATRIMÔNIO AMEAÇADO

No Maranhão, 59 casarões do centro histórico correm o risco de desabar
Um levantamento feito pela Defesa Civil do Maranhão em 162 casarões do centro histórico da capital do Estado, São Luís, apontou que 59 deles correm o risco de desabar. Os prédios são tombados pelo patrimônio histórico federal ou estadual.
Dos prédios ameaçados, 22 são habitados. Em 11 casarões, havia paredes escoradas.
Com o início do período de chuvas neste mês, aumenta a possibilidade de os prédios caírem, segundo a Defesa Civil, que faz vistorias no centro histórico periodicamente e envia relatórios para a Secretaria Nacional de Defesa Civil, em Brasília, e para os Ministérios Públicos Estadual e Federal.
O maior risco para os casarões é a infiltração da água da chuva através dos telhados, que sofrem com a falta de manutenção, de acordo com Paulo Rocha, chefe da Divisão Técnica da superintendência do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em São Luís.
A maioria dos casarões foi construída com paredes de taipa -feitas com barro e madeira-, que não resistem à chuva. "O problema dos prédios históricos não é de fundação. O problema vem de cima, dos telhados."
O centro histórico de São Luís tem cerca de 4.600 casarões construídos nos séculos 18 e 19 tombados pelo patrimônio histórico do Maranhão. Do total, 1.353 são também considerados patrimônio da humanidade pela Unesco (Organização da ONU para educação, ciência e cultura) e tombados pela União. Segundo o Iphan, desses imóveis, 27 apresentam risco de desabar ou já sofreram danos estruturais.
A maioria dos prédios do centro histórico é particular. Alguns foram invadidos e viraram cortiços. (DA AGÊNCIA FOLHA)


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