São Paulo, domingo, 11 de janeiro de 2009

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Em 2008, China foi o destino de 190 mil alunos

RAUL JUSTE LORES
DE PEQUIM

O advogado carioca Rodrigo Moura, 35, vive em Xangai desde maio passado estudando chinês. Faz seis horas de aula/dia, sem contar as duas de tarefa.
Moura pertence ao crescente número de estudantes estrangeiros na China, 190 mil em 2008. Há dez anos, eram apenas 60 mil.
A maioria vem estudar a língua e a história. "Comecei a estudar em 2005 no Rio, tinha muitos clientes asiáticos", diz Moura.
As duas principais universidades do país, a de Pequim e a Tsinghua, ambas na capital, oferecem cursos intensivos de quatro meses, com 20 a 30 horas de aulas por semana.
O curso na Beida, como é conhecida a Universidade de Pequim, custa 13.600 yuans (R$ 4.530), e o da Tsinghua custa 10.500 yuans (R$ 3.500).
Com hospedagem e alimentação, Moura calcula gastar US$ 3.000 mensais.
"Já consigo conversar, fazer compras, viajar, mas ainda não dá para trabalhar, pode levar anos", diz.
Especialistas calculam que para se acostumar aos tons do idioma -cada vogal tem pelo menos quatro tonalidades diferentes- são necessárias 2.000 horas de estudo aplicado. Para escrever e ler com fluência, seriam oito anos.
Estudantes de vários países têm encarado o desafio. O número de estudantes americanos na China cresceu 25% entre 2007 e 2008. Já é o quinto destino dos americanos, atrás de Reino Unido, Itália, Espanha e França.


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