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VIAGEM
Falta de limpeza supera a preocupação com segurança, que era principal reclamação de estrangeiros em 1992
Sujeira é maior queixa de turista em SP
da Reportagem Local
A limpeza pública é apontada
pelos turistas estrangeiros como a
maior deficiência da infra-estrutura urbana da cidade de São Paulo, revela pesquisa feita pela Coordenadoria de Turismo da Secretaria de Estado dos Negócios de Esporte e Turismo de São Paulo.
A conservação da cidade foi considerada deficiente por 21,33% dos
1.100 turistas entrevistados em setembro de 98, superando a segurança pública -que ocupava o
primeiro lugar nas reclamações
apontadas pelos estrangeiros no
levantamento anterior, de 1992.
No início da década, a violência
era a principal falha na infra-estrutura urbana, com 24% das reclamações. A limpeza vinha em segundo lugar com 16%.
"Para quem vem de fora, a sujeira das ruas e as pichações dos
monumentos deixam uma má impressão e indicam falta de consciência de preservação", disse o
diretor da Coordenadoria de Turismo, Renato Paes de Barros, que
encaminhou a pesquisa para o
prefeito Celso Pitta.
Depois da limpeza pública, os
estrangeiros apontaram a segurança pública (19,35%), o transporte urbano (12,24%) e a comunicação (10,49%) como as principais falhas da capital paulista.
Apesar de ser considerada a
principal deficiência, a limpeza
pública recebeu avaliação regular
de 42,66% dos entrevistados. Para
outros 36,01%, o serviço foi considerado bom.
Brasileiro não estranha
Voltada para o turista doméstico, pesquisa feita pela coordenadoria em novembro de 98 revela
que as pessoas que vêm do interior
de São Paulo ou de outros Estados
apontam o trânsito como o principal problema da capital.
Para o turista nacional, a sujeira
não consta da lista de deficiências
de São Paulo. Fatores como a poluição e a violência urbana da metrópole são os que mais desagradam o turista brasileiro -depois
dos congestionamentos, cujo pico
de 98 foi marcado por 224 quilômetros de lentidão.
As duas pesquisas foram feitas
de forma aleatória em amostragens feitas nos principais portões
de saída de turistas na cidade: aeroportos e terminais rodoviários.
No caso do turista doméstico, foram entrevistadas 2.041 pessoas.
O brasileiro respondeu por
87,5% do movimento turístico de
São Paulo no ano passado. Segundo a coordenadoria, 7 milhões de
turistas do interior de São Paulo e
de outros Estados passaram pela
capital.
Estimativas da coordenadoria
apontam que 1 milhão de turistas
de outros países visitaram São
Paulo em 98. Nos dois casos, a
maior parcela das viagens continuam sendo motivadas por negócios e trabalho.
A pesquisa revela que o turista
norte-americano deixa mais dinheiro em São Paulo do que o brasileiro em Nova York.
O brasileiro foi considerado o
turista que mais gastou dólares em
Nova York em 97, com uma média
diária de US$ 225. Já o norte-americano deixou US$ 365 em São
Paulo por dia.
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