São Paulo, segunda, 11 de janeiro de 1999

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CONSUMO
Preço de estacionamentos varia 250%

KÊNYA ZANATTA
da Reportagem Local

Os preços de estacionamentos em São Paulo variam até 250%. Um exemplo: quem estaciona o carro na rua Genebra, próximo ao Fórum, paga R$ 4 por três horas. Já ao lado do hospital São Luiz, no Itaim (zona sudoeste), o mesmo período custa R$ 14.
Essa variação foi constatada pela Folha, que percorreu na semana passada estacionamentos em diversos bairros da cidade.
Na região da avenida Paulista e Jardins, os preços para três horas variam em geral entre R$ 10 e R$ 12. Mas, num mesmo trecho da alameda Santos, é possível encontrar três estacionamentos da mesma rede que cobram R$ 7, R$ 8 e R$ 9 por esse período.
Muitos estacionamentos costumam cobrar um preço único para o pernoite, o que aumenta os gastos de quem fica apenas uma ou duas horas em bares e cinemas. Na Vila Madalena (zona sudoeste), por exemplo, um estacionamento que cobra R$ 3 por duas horas durante o dia, sai por R$ 7 à noite.
Nas proximidades da casa de shows Via Funchal, na Vila Olímpia (zona sudoeste), o preço do pernoite varia 200% -R$ 15 para quem quiser parar bem ao lado e até R$ 5 para quem não se incomoda de andar um pouco.
Diante disso, quem pesquisa um pouco antes de deixar o carro no estacionamento pode economizar.
Segundo Paulo Cremonesi, diretor regional da Secretaria de Direito Econômico (SDE), os aumentos de preços para o serviço ainda não estão bem regulamentados.
O órgão está revisando o acordo que mantém com o Sindepark (Sindicato das Empresas de Garagem e Estacionamento do Estado de São Paulo) sobre as regras da categoria e deve enfocar a questão do preço, principalmente nos casos em que o consumidor possa ser prejudicado.
Segundo o Sindepark, existem cerca de 3.500 estacionamentos na cidade. A assessoria de imprensa do sindicato informou que a variação de preços ocorre de acordo com o valor dos terrenos em cada bairro. O seguro e a infra-estrutura também entram na conta.
O Procon de São Paulo recebeu de janeiro a outubro do ano passado 166 consultas e 50 queixas sobre estacionamentos. Em 1997, foram 215 e 68, respectivamente. A maior parte das queixas diz respeito a danos ao carro.
Cremonesi diz que o cuidado deve ser redobrado ao deixar o veículo com manobristas em bares ou casas noturnas. O órgão recebe dez denúncias por mês sobre esses serviços. "Entre 40% e 50% dos serviços de manobrista dizem que têm seguro, mas não têm. Além disso, 60% não têm área própria para estacionar o carro".



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