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CONSUMO
Preço de estacionamentos varia 250%
KÊNYA ZANATTA
da Reportagem Local
Os preços de estacionamentos
em São Paulo variam até 250%.
Um exemplo: quem estaciona o
carro na rua Genebra, próximo ao
Fórum, paga R$ 4 por três horas.
Já ao lado do hospital São Luiz, no
Itaim (zona sudoeste), o mesmo
período custa R$ 14.
Essa variação foi constatada pela
Folha, que percorreu na semana
passada estacionamentos em diversos bairros da cidade.
Na região da avenida Paulista e
Jardins, os preços para três horas
variam em geral entre R$ 10 e R$
12. Mas, num mesmo trecho da
alameda Santos, é possível encontrar três estacionamentos da mesma rede que cobram R$ 7, R$ 8 e
R$ 9 por esse período.
Muitos estacionamentos costumam cobrar um preço único para
o pernoite, o que aumenta os gastos de quem fica apenas uma ou
duas horas em bares e cinemas. Na
Vila Madalena (zona sudoeste),
por exemplo, um estacionamento
que cobra R$ 3 por duas horas durante o dia, sai por R$ 7 à noite.
Nas proximidades da casa de
shows Via Funchal, na Vila Olímpia (zona sudoeste), o preço do
pernoite varia 200% -R$ 15 para
quem quiser parar bem ao lado e
até R$ 5 para quem não se incomoda de andar um pouco.
Diante disso, quem pesquisa um
pouco antes de deixar o carro no
estacionamento pode economizar.
Segundo Paulo Cremonesi, diretor regional da Secretaria de Direito Econômico (SDE), os aumentos
de preços para o serviço ainda não
estão bem regulamentados.
O órgão está revisando o acordo
que mantém com o Sindepark
(Sindicato das Empresas de Garagem e Estacionamento do Estado
de São Paulo) sobre as regras da
categoria e deve enfocar a questão
do preço, principalmente nos casos em que o consumidor possa
ser prejudicado.
Segundo o Sindepark, existem
cerca de 3.500 estacionamentos na
cidade. A assessoria de imprensa
do sindicato informou que a variação de preços ocorre de acordo
com o valor dos terrenos em cada
bairro. O seguro e a infra-estrutura também entram na conta.
O Procon de São Paulo recebeu
de janeiro a outubro do ano passado 166 consultas e 50 queixas sobre estacionamentos. Em 1997, foram 215 e 68, respectivamente. A
maior parte das queixas diz respeito a danos ao carro.
Cremonesi diz que o cuidado deve ser redobrado ao deixar o veículo com manobristas em bares
ou casas noturnas. O órgão recebe
dez denúncias por mês sobre esses
serviços. "Entre 40% e 50% dos
serviços de manobrista dizem que
têm seguro, mas não têm. Além
disso, 60% não têm área própria
para estacionar o carro".
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