São Paulo, domingo, 11 de fevereiro de 2001

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Má alimentação e estresse podem agravar problema

DA REPORTAGEM LOCAL

Trânsito, estresse, má alimentação, sedentarismo. O quarteto desarmonioso, que faz parte do dia-a-dia das grandes cidades, tem sua parcela de culpa nas queixas de tontura e "labirintite".
Pelo ritmo de vida, as pessoas ficam longos períodos de tempo sem comer e, a longo prazo, isso pode desencadear distúrbios no metabolismo de glicose.
O açúcar funciona como combustível do labirinto e é necessário para ele enviar as informações de equilíbrio para o cérebro.
"Em geral, a tontura está associada a um desvio nesse metabolismo, se o paciente apresentar crises todas as vezes que abusa do consumo de doces ou atrasa muitas horas do horário das refeições", indica o otorrinolaringologista Luc Weckx.
Se um paciente consome muito café e tem tontura, o ideal seria limitar a ingestão da bebida. Recomenda-se não ultrapassar três cafezinhos por dia.
"A cafeína é estimulante das células sensoriais do labirinto e pode desestabilizá-lo ainda mais", diz a otorrinolaringologista Patrícia Santoro.
Do mesmo modo, o estresse desestabiliza o labirinto. A tensão nervosa excita o órgão e pode desencadear uma tontura ou agravar o quadro.
Em relação ao sedentarismo, o problema é que isso favorece a aterosclerose, um fator que compromete a irrigação sanguínea. "Praticar alguma atividade física regular, com a orientação adequada, é uma boa forma de prevenir futuras crises", diz a otorrinolaringologista.

Crise de tontura
Diferentemente do que muita gente pensa, durante uma crise de tontura é bom mexer a cabeça e ficar de olhos bem abertos, com o olhar fixo em algum ponto.
Quando se mexe o corpo e a cabeça são ativados mecanismos de compensação do equilíbrio.
A visão, por sua vez, é um ponto importante a favor do equilíbrio. Se além da confusão no labirinto, os olhos estiverem fechados, a tontura tenderá a ser pior.


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