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Uma vacina anticâncer entra na rotina
JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA
Texas é o primeiro Estado
norte-americano a promover
para escolares do sexo feminino, entre 11 e 12 anos, de rotina,
a aplicação da vacina contra o HPV -o papilomavirus humano. Ele é comprovadamente
responsável pelo desenvolvimento do câncer de colo de útero e é transmitido principalmente por meio da atividade sexual.
A vacina foi desenvolvida pelo laboratório Merck e não contém vírus vivo.
É aplicada em três doses a intervalos regulares em um período de seis meses.
Quando de seu lançamento,
seu custo era de 360 dólares para as três doses.
Os primeiros resultados positivos foram apresentado em
2004 e em junho do ano passado o FDA, que nos EUA controla os medicamentos, aprovou a
vacina para aplicação em pessoas do sexo feminino entre
nove e 26 anos de idade.
Ela foi considerada efetiva
contra o HPV tipos 16 e 18 (responsáveis por 70% do câncer
cervical) e também efetiva para
o HPV tipos 6 e 11, que provocam 90% das verrugas genitais
e conseqüente dor nas mulheres durante relações sexuais.
A vacina, entretanto, não
substitui nem dispensa outros
métodos preventivos relacionados ao câncer genital feminino, como os testes anuais de
Papanicolao, e os necessários
cuidados com as doenças sexualmente transmissíveis.
A vacina anti-HPV não tem
indicação para o tratamento do
câncer do colo do útero e não é
indicada para mulheres acima
dos 27 anos de idade.
No Brasil, segundo o INCA
(Instituto Nacional do Câncer),
em 1999 o câncer cervical foi
responsável pela morte de
3.879 mulheres, com HPV positivo em 99% dos casos. Nos
EUA, em média há 9.710 casos
novos de câncer cervical, com
3.700 mortes. Em todo o mundo é considerada a segunda
causa mais freqüente de câncer
na mulher.
julio@uol.com.br
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