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Resultado não surpreende, dizem analistas
DA SUCURSAL DO RIO
Os especialistas consultados
pela Folha disseram não se
surpreender com o fato de a indisciplina dos alunos ter sido
citada como problema comum,
tanto em escolas públicas
quanto em particulares.
A presidente da Undime
(União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação),
Cleuza Repulho, credita essa
reclamação ao número de alunos por turma e à dificuldade
de famílias e escolas cumprirem seus papéis.
"Um número alto de alunos
por turma favorece a indisciplina, mas também é verdade que
as famílias esperam das escolas
ações que são de sua responsabilidade, e vice-versa."
Como exemplo, ela lembra
que muitas famílias esperam
que as escolas se responsabilizem pela educação de seus filhos, enquanto boa parte das
escolas, por sua vez, querem
que os pais estimulem as crianças a se interessar pelos estudos e pouco fazem para tornar
as aulas mais atrativas.
Cleuza diz ainda que indisciplina não é exclusividade de escolas públicas.
"Na rede particular apenas
muda-se o foco, já que muitos
pais orientam seus filhos a dizerem que quem paga os salários dos professores são eles,
em vez de encararem como
uma prestação de serviços",
afirmou ela.
Luiz Gonzaga Pinto, da Udemo (entidade que representa
os diretores de escolas de São
Paulo), acrescenta que a falta
de um projeto pedagógico também contribui. "Na escola que
não tem uma condução firme,
o aluno arrebenta com o professor. O problema é que boa
parte delas não têm projetos
para lidar com essa questão."
Problemas
Luciene Barros, da Associação dos Diretores das Escolas
Estaduais do Maranhão, relaciona a indisciplina dos alunos
a outros dois problemas, citados principalmente por diretores de escolas públicas: o alto
índice de faltas de professores e
a carência de pessoal de apoio
pedagógico e administrativo.
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