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FERIADO
Polícia rodoviária vai multar quem rodar sem estojo de primeiros socorros
Kit será obrigatório nas
estradas de SP no Carnaval
GONZALO NAVARRETE
da Reportagem Local
A Polícia Rodoviária vai multar,
no Carnaval, os motoristas que forem flagrados sem o kit de primeiros socorros nas estradas estaduais
e federais de São Paulo.
A fiscalização desse item foi suspensa em todo o Estado durante o
mês de janeiro, período em que as
polícias decidiram apenas orientar
os motoristas.
A multa para o infrator agora é
de R$ 117,24 -aumento de 1,9%
por causa do reajuste da Ufir (Unidade Fiscal de Referência). O motorista também receberá cinco
pontos no prontuário. Ao atingir
20 pontos no período de 12 meses,
a pessoa pode ter a carteira de habilitação suspensa por até um ano.
Apesar da volta da obrigatoriedade, os comandos da Polícia Rodoviária Estadual e Federal de São
Paulo informaram que não vão
realizar nenhuma blitz específica
para fiscalizar a posse do kit durante o Carnaval.
"Não podemos descumprir a lei,
mas temos infrações mais sérias
para fiscalizar, como excesso de
velocidade e embriaguez", afirmou o superintendente da Polícia
Rodoviária Federal de São Paulo,
Armando Infante Júnior.
"Não vamos fazer nenhuma operação específica para ver se a pessoa tem o kit. Mas, se o motorista
for parado e estiver sem o equipamento obrigatório, vai ser multada", informou o comandante da
Polícia Rodoviária Estadual, Gerson Resende.
O motorista que pretende viajar
para fora de São Paulo deve observar quais Estados mantêm a exigência do estojo de primeiros socorros. A Polícia Rodoviária Federal, em Brasília, informou que a fiscalização continua suspensa nas
estradas estaduais de seis Estados:
Bahia, Amazonas, Mato Grosso,
Maranhão, Pará, Paraná.
Nas rodovias federais de todo o
país, ele é exigido.
No Rio de Janeiro, a obrigatoriedade foi suspensa em todo o Estado por decisão judicial. A orientação é que, na dúvida, o motorista
não viaje sem o estojo.
Polêmica
A obrigatoriedade do kit foi
questionada pelo próprio Ministro
da Justiça, Renan Calheiros, que
ameaçou rever a medida, considerada polêmica desde que entrou
em vigor, em 1º de janeiro.
Isso porque ela passou a valer
sem que a maioria dos 40 milhões
de motoristas brasileiros soubesse
manusear os componentes do estojo ou fazer atendimento de
emergência.
O Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) informou que a
obrigatoriedade do kit só pode ser
derrubada se o Congresso alterar a
lei. O presidente da Câmara dos
Deputados, Michel Temer
(PMDB-SP), também admitiu que
o Legislativo poderá reavaliar a
medida, mas não adiantou data.
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