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Polícia apura coação em relato
da Reportagem Local
A polícia instaura hoje inquérito
para apurar denúncia de coação a
testemunha feita contra Vicente
Viscome (PPB) e seu advogado, José Guilherme Raimundo.
Anteontem à noite, Reginaldo
José Canuto, 23, disse à polícia que
Viscome e Raimundo lhe ofereceram um apartamento e um emprego para que ele desmentisse depoimento contra o parlamentar da
presidente da Anesp (Associação
dos Nordestinos do Estado de São
Paulo), onde Canuto trabalha.
A presidente da entidade, Francisca Bezerra, relatou à polícia que,
na madrugada da segunda-feira de
Carnaval, dois homens invadiram
a sede da associação, renderam um
de seus funcionários, mexeram em
documentos e tentaram que o refém dissesse onde ela morava.
Francisca atribuiu a ação a pessoas ligadas a Viscome, pois dias
antes ela havia denunciado suposta corrupção na Regional da Penha, controlada pelo vereador.
Se a denúncia for comprovada,
Raimundo e Viscome serão indiciados por coação, que prevê de
um a quatro anos de reclusão.
O advogado Raimundo diz que,
dois dias após a invasão, Canuto o
procurou no gabinete de Viscome
dizendo que tinha descoberto que
a ação havia sido planejada por
Francisca para incriminar Viscome. Por isso, Raimundo resolveu
acompanhá-lo na delegacia.
O defensor de Viscome nega ter
oferecido vantagem a Canuto, que
teria, segundo ele, voltado ao gabinete dias depois, por conta própria, pedindo emprego.
(SC)
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