São Paulo, Quinta-feira, 11 de Março de 1999
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Polícia apura coação em relato

da Reportagem Local

A polícia instaura hoje inquérito para apurar denúncia de coação a testemunha feita contra Vicente Viscome (PPB) e seu advogado, José Guilherme Raimundo.
Anteontem à noite, Reginaldo José Canuto, 23, disse à polícia que Viscome e Raimundo lhe ofereceram um apartamento e um emprego para que ele desmentisse depoimento contra o parlamentar da presidente da Anesp (Associação dos Nordestinos do Estado de São Paulo), onde Canuto trabalha.
A presidente da entidade, Francisca Bezerra, relatou à polícia que, na madrugada da segunda-feira de Carnaval, dois homens invadiram a sede da associação, renderam um de seus funcionários, mexeram em documentos e tentaram que o refém dissesse onde ela morava.
Francisca atribuiu a ação a pessoas ligadas a Viscome, pois dias antes ela havia denunciado suposta corrupção na Regional da Penha, controlada pelo vereador.
Se a denúncia for comprovada, Raimundo e Viscome serão indiciados por coação, que prevê de um a quatro anos de reclusão.
O advogado Raimundo diz que, dois dias após a invasão, Canuto o procurou no gabinete de Viscome dizendo que tinha descoberto que a ação havia sido planejada por Francisca para incriminar Viscome. Por isso, Raimundo resolveu acompanhá-lo na delegacia.
O defensor de Viscome nega ter oferecido vantagem a Canuto, que teria, segundo ele, voltado ao gabinete dias depois, por conta própria, pedindo emprego. (SC)




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