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Agarrado a tambor de água, professor de salva
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM POCONÉ (MT)
DA AGÊNCIA FOLHA
Foi agarrado a um tambor de
água que se desprendeu do barco e boiava no rio Cuiabá que o
professor do Departamento de
Fisiologia e Biofísica da Unicamp (Universidade Estadual
de Campinas), Antônio Carlos
Boschero, 65, conseguiu escapar do naufrágio no Pantanal.
Ele é um dos 13 sobreviventes.
Após ouvir um forte estrondo e ver a água invadindo a embarcação, ele pulou no rio e nadou até o tambor. Boschero contou que ficou à deriva na
correnteza até que pessoas em
um bote o resgatassem. Ele
passa bem e está em Cuiabá.
"Por volta das 4h, ouvi um
barulho enorme, como se o comandante tivesse entrado [batido] em um galho de árvore. A
chalana adernou para a direita.
Foi tudo muito rápido. Em 30
segundos o barco já estava
afundando. Só tive tempo de
pular no rio, antes que afundasse completamente", disse.
Chovia no momento do naufrágio. O professor estava de férias e resolveu passar alguns
dias no Pantanal na companhia
de amigos em uma pescaria.
O professor relatou não ter
ouvido pedidos de socorro ou
gritos e disse que o rio estava
cheio. "Quem pulou no rio não
viu mais nada. Estava escuro."
Boschero desenvolve pesquisas na área de endocrinologia e
diabetes na Unicamp. Ele é
professor titular do Instituto
de Biologia da universidade.
Não viajou
Um compromisso pessoal
impediu que José Humberto
Paes Carvalho, 57, viajasse para
a pescaria no Pantanal, planejada havia dois meses.
"Eu já tinha pescado ou jogado futebol com todo mundo
que estava no barco. Mas aquela viagem reuniu mais gente,
era para ser especial."
(MAURÍCIO SIMIONATO, RODRIGO VARGAS E MP)
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