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Número de cidades desfavorecidas em SP aumenta em 12%, diz Seade
Na região metropolitana, porém, melhoraram longevidade e escolaridade
VANESSA CORREA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Estudo divulgado ontem pela
Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados)
apontou aumento de 12%, em
dois anos, no número de municípios do Estado de São Paulo
considerados "desfavorecidos"
tanto em riqueza quanto em indicadores sociais.
Essa elevação reflete a incapacidade de algumas cidades
em avançar nos indicadores de
longevidade e de escolaridade
no mesmo ritmo do Estado.
O estudo, realizado a cada
dois anos, avalia fatores como
mortalidade infantil, porcentagem de jovens que concluíram
o nível fundamental e remuneração média de empregados
com carteira assinada. Os resultados foram baseados em
dados colhidos em 2006. O trabalho é feito em parceria com a
Assembleia Legislativa.
A pesquisa separa as cidades
em cinco grupos. Entre os municípios que passaram para o
grupo dos "desfavorecidos"
(faixa cinco), Votorantim teve a
maior queda. A cidade estava
no grupo dois.
Faixa em que estão os municípios que apresentam níveis
elevados de riqueza, mas não
são capazes de atingir bons indicadores sociais, situados especialmente em áreas metropolitanas. Possuem economia
industrial, como Cubatão e
Osasco, ou turística, a exemplo
de Guarujá e de Campos do
Jordão. Também entram na categoria dois cidades que concentram condomínios de alto
padrão, caso de Itapecerica da
Serra e de Cotia.
O diretor de produção e análise de dados da Seade, Sinésio
Pires Teixeira, vê nos dados
uma persistência na disparidade dentro do Estado.
"Os municípios com economia dinâmica crescem mais,
aumentando a distância entre
eles, enquanto os índices sociais melhoram de forma mais
generalizada", disse.
O progresso foi mais intenso
em áreas como a da região metropolitana de São Paulo. Em
uma escala de cem pontos, o índice de longevidade da região
passou de 70 para 73, e o de escolaridade, de 54 para 66.
Metodologia
O índice da Seade, chamado
IPRS (Índice Paulista de Responsabilidade Social), ajuda
gestores municipais a definir
áreas prioritárias para ação, segundo Roberto Eduardo Lamari, diretor-presidente do Instituto do Legislativo Paulista.
Diferentemente do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), baseado em dados do
censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPRS é usa dados oficiais.
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