São Paulo, quarta-feira, 11 de março de 2009

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Número de cidades desfavorecidas em SP aumenta em 12%, diz Seade

Na região metropolitana, porém, melhoraram longevidade e escolaridade

VANESSA CORREA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Estudo divulgado ontem pela Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados) apontou aumento de 12%, em dois anos, no número de municípios do Estado de São Paulo considerados "desfavorecidos" tanto em riqueza quanto em indicadores sociais.
Essa elevação reflete a incapacidade de algumas cidades em avançar nos indicadores de longevidade e de escolaridade no mesmo ritmo do Estado.
O estudo, realizado a cada dois anos, avalia fatores como mortalidade infantil, porcentagem de jovens que concluíram o nível fundamental e remuneração média de empregados com carteira assinada. Os resultados foram baseados em dados colhidos em 2006. O trabalho é feito em parceria com a Assembleia Legislativa.
A pesquisa separa as cidades em cinco grupos. Entre os municípios que passaram para o grupo dos "desfavorecidos" (faixa cinco), Votorantim teve a maior queda. A cidade estava no grupo dois.
Faixa em que estão os municípios que apresentam níveis elevados de riqueza, mas não são capazes de atingir bons indicadores sociais, situados especialmente em áreas metropolitanas. Possuem economia industrial, como Cubatão e Osasco, ou turística, a exemplo de Guarujá e de Campos do Jordão. Também entram na categoria dois cidades que concentram condomínios de alto padrão, caso de Itapecerica da Serra e de Cotia.
O diretor de produção e análise de dados da Seade, Sinésio Pires Teixeira, vê nos dados uma persistência na disparidade dentro do Estado.
"Os municípios com economia dinâmica crescem mais, aumentando a distância entre eles, enquanto os índices sociais melhoram de forma mais generalizada", disse.
O progresso foi mais intenso em áreas como a da região metropolitana de São Paulo. Em uma escala de cem pontos, o índice de longevidade da região passou de 70 para 73, e o de escolaridade, de 54 para 66.

Metodologia
O índice da Seade, chamado IPRS (Índice Paulista de Responsabilidade Social), ajuda gestores municipais a definir áreas prioritárias para ação, segundo Roberto Eduardo Lamari, diretor-presidente do Instituto do Legislativo Paulista.
Diferentemente do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), baseado em dados do censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPRS é usa dados oficiais.


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