MATEUS PRADO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Muitas instituições de ensino superior que aderiram ao processo de seleção atrelado ao Enem já sinalizam descontentamento e indicam que deverão desistir da escolha. As federais que não aderiram agora têm fortes argumentos para não assimilar as mudanças.
Como em todas as outras situações de falhas na formulação ou na implementação de políticas públicas, quem mais sofre é quem deveria ser beneficiado -o aluno. O problema está colocado: o aluno se prepara para o Enem ou para o vestibular tradicional? Foca na "decoreba" de textos, fórmulas, livros e apostilas ou investe seu tempo no desenvolvimento das competências e habilidades propostas pelo Enem?
Em 2010, quem deseja conquistar uma vaga nas universidades públicas ainda terá que se preparar pela forma convencional, estudando os pontos definidos no programa curricular do ensino médio. O único alento que o aluno terá no final do ano, caso a faculdade pública utilize a nota do Enem, é que as pesquisas indicam que os alunos que vão bem no vestibular também têm sucesso no Enem.