São Paulo, sexta-feira, 11 de março de 2011

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Chuva no RS mata oito e deixa 2.300 desalojados

São Lourenço do Sul (a 191 km de Porto Alegre) decretou calamidade pública

Chuva também atingiu Goiás, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul; em Campo Grande, foi decretada emergência


GRACILIANO ROCHA
DE PORTO ALEGRE

Pelo menos oito pessoas morreram e 2.300 tiveram de abandonar suas casas devido à forte chuva que atingiu a região sul do Rio Grande do Sul entre quarta-feira e a madrugada de ontem, segundo a Defesa Civil gaúcha.
São Lourenço do Sul (191 km de Porto Alegre), a cidade mais atingida, decretou estado de calamidade pública.
Em menos de 24 horas, choveu entre 250 e 300 milímetros, três vezes mais do que a média de março.
Segundo a Defesa Civil, sete moradores morreram afogados em suas casas.
Um homem morreu vítima de infarto no momento em que era resgatado por uma equipe de socorro. Dois mortos não haviam sido identificados até ontem à noite.
São Lourenço do Sul fica às margens da lagoa dos Patos. Grande parte da cidade de 43 mil habitantes ficou debaixo d'água, que chegou a atingir 3 metros de altura.
A chuva elevou rapidamente o nível de um canal que corta a cidade.
Helicópteros e lanchas retiraram cerca de 300 pessoas ilhadas. Os desabrigados foram levados a um ginásio.
Ao menos 15 mil pessoas foram diretamente atingidas ou tiveram prejuízos materiais com a enxurrada.
A água começou a baixar na tarde de ontem e parte das pessoas voltou para casa.
O temporal também atingiu o município vizinho de Turuçu, onde ao menos 200 pessoas tiveram de deixar suas casas. A BR-116, principal ligação entre Pelotas e o porto de Rio Grande à capital gaúcha, foi interditada.

MATO GROSSO DO SUL
Em Mato Grosso do Sul, a capital Campo Grande é a sexta cidade a decretar emergência devido às chuvas.
Já são 14 os municípios que enfrentam problemas com as inundações no Estado -pelo menos seis terão prejuízo na colheita da soja.
Em Aparecida de Goiânia, região metropolitana da capital de Goiás, uma menina de sete anos morreu depois de cair em um córrego.
No Espírito Santo, mais de 477 pessoas deixaram suas casas devido às chuvas desde sábado.

Colaboraram ELIDA OLIVEIRA e LUIZA BANDEIRA, de São Paulo


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