DA REPORTAGEM LOCAL

A Sabesp diz que as conclusões da auditoria sobre a fraude foram avaliadas por uma comissão de sindicância, que teve entendimento diferente.
"Foram apontadas falhas, mas que não ratificaram a conclusão da auditoria de que houve irregularidades", afirmou Luiz Aversa, superintendente de comunicação da Sabesp.
Segundo ele, 15 pessoas sofreram punições, como advertência e suspensão. Aversa não disse quem são elas, sob a alegação de que essas medidas são "absolutamente internas".
Ele afirmou que Antonio Marsiglia Netto, atual secretário de Kassab, não teve envolvimento direto com as "falhas".
Aversa disse que a contratação foi considerada regular pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado), órgão que não foi informado sobre a auditoria.
Na última quinta, a assessoria da Sabesp chegou a justificar a continuidade do contrato por envolver um serviço importante e que não poderia ser interrompido. Na sexta, ela informou que não haveria motivos para a suspensão contratual, já que as irregularidades não tinham sido confirmadas.
A empresa Teleclear nega ter sido favorecida. "Não fomos chamados para prestar nenhum tipo de esclarecimento", afirmou Stefan Jucewicz, responsável pela empresa em São Paulo e que diz ter certeza da vitória se houvesse isenção.
"Se houve manipulação, ela ocorreu nas notas anteriores. Se a avaliação anterior foi essa, ela foi malfeita, estava errada", disse Jucewicz, que alega ter uma tecnologia inédita e patenteada para monitoramento da qualidade da água em tempo real por sensores em bóias.


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