São Paulo, terça-feira, 11 de abril de 2006

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LAVOURA ARCAICA

Ribeirão Preto requereu 4.585 autorizações; lei prevê extinção em 2031

Crescem os pedidos de queima da cana em SP

Joel Silva/Folha Imagem
Cortador de cana almoça em meio ao canavial em Ribeirão


DA FOLHA RIBEIRÃO

Apesar de a lei que veta as queimadas progressivamente no Estado de São Paulo estar em vigor, o total de requerimentos para a queima da cana-de-açúcar na região de Ribeirão Preto (314 km de SP) cresceu pelo quarto ano consecutivo.
Foram requeridas na Cetesb (agência ambiental paulista) 4.585 autorizações para a queima da cana neste ano. Em 2003, foram 3.885 pedidos. O total subiu para 4.116 em 2004 e atingiu 4.509 no ano passado.
A lei estadual que prevê a extinção das queimadas em São Paulo em 2031 fixa que no máximo 70% da área pode ser queimada neste ano.
A queima da cana serve para melhorar as condições para as máquinas atuarem, além de facilitar o trabalho dos cortadores. A previsão da Unica (União da Agroindústria Canavieira) é que a safra deste ano no centro-sul do país seja 8% maior.
Para o promotor Marcelo Pedroso Goulart, o crescimento no total de pedidos demonstra a falta de disposição dos produtores em resolver o problema ambiental. O pneumologista José Carlos Manço disse que os problemas respiratórios crescem 50% na época da safra da cana. Procurada, a Unica não se manifestou.


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