São Paulo, segunda-feira, 11 de abril de 2011

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JULIA CURY JORGE (1922-2011)

Importou enxovais e abriu fábrica de sutiã

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Julia e Mario, ambos de famílias libanesas, assim que se casaram foram viver na fazenda do pai dele, em Itatiba (SP), onde havia plantação de café e criação de gado.
Ficaram por cerca de oito meses lá. Em 1941, Julia Cury Jorge, nascida em Socorro (SP), decidiu vir com o marido a São Paulo, onde o pai dela tinha uma loja de tecidos, na 25 de Março. No negócio, chamado Pedro Cury e Filhos, o marido, Mario Jorge, passou a ajudar o sogro.
Com o companheiro de emprego arrumado, Julia abriu uma fábrica de sutiãs, a Vênus. A empresa foi vendida quando ela precisou cuidar dos filhos Antonio Carlos Jorge e Paulo Jorge Neto.
Depois que os meninos cresceram, ela, que adorava trabalhar, segundo a família, começou a importar enxovais da Ilha da Madeira.
Em meados dos anos 60, a família optou por investir em construções. Surgia assim a Jorge's Imóveis, hoje tocada pelos dois filhos do casal.
Antonio conta que a empresa foi responsável por cerca de 200 empreendimentos.
A mãe, ele lembra, era uma mulher doce e de fibra, que sempre incentivava e dava apoio aos filhos. Seu sonho era que os filhos tivessem progresso na vida.
Tranquila, Julia gostava de jogar buraco com as amigas.
Ultimamente, sofria de problemas cardíacos. Quando ficou doente, quis morar na casa do filho Antonio e lhe disse que aquela era a época mais feliz de sua vida.
Ela morreu na quarta-feira, aos 88 anos. Teve quatro netos e quatro bisnetos.
A missa do sétimo dia será amanhã, às 12h30, na igreja Nossa Senhora do Brasil, SP.

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